segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Hercules Florence

HÉRCULES FLORENCE (1804-1879)

A verdadeira história da fotografia no Brasil começa em 1832, quando HERCULE FLORENCE, residente na então pequenina Vila de São Carlos (atual cidade de Campinas – interior do Estado de São Paulo), realiza as primeiras imagens fotográficas no país...

O BRASIL NA ROTA DOS PIONEIROS
ANTOINE HERCULE ROMUALD FLORENCE

As fotos mostram Hércules Florence em épocas distintas: 1830? e 1875, respectivamente.




A França, sem dúvida, foi a mãe da fotografia. Mas não se pode definir precisamente o pai...

Hoje, graças ao trabalho incansável e obstinado do jornalista e professor BORIS KASSOY, um terceiro nome disputa a paternidade da fotografia: ANTOINE HERCULE ROMUALD FLORENCE, francês de nacionalidade, mas brasileiro de mulher (duas), filhos (20), netos, bisnetos e tataranetos.

KASSOY investiu, entre 1972 a 1976, em uma das mais ardorosas pesquisas e reconstituições de métodos, técnicas e processos já realizadas no Brasil para levar uma pessoa do anonimato ao pódio da história – HÉRCULES FLORENCE, como ficou internacionalmente conhecido a partir da publicação do livro de KASSOY: “1833: a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil” (editora Duas Cidades, 1980).

Em 1976, o historiador brasileiro BORIS KOSSOY divulga publicamente as experiências de HÉRCULES FLORENCE no III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA da PHOTOGRAPHIC HISTORICAL SOCIETY OF ROCHESTER (EUA), comprovando seu pioneirismo. Em 1980, KOSSOY publica ORIGENS E EXPANSÃO DA FOTOGRAFIA NO BRASIL, SÉCULO XIX, pela FUNARTE.

Alemão de Wollstein (Prússia), nasceu em 18/04/1774. Defendeu de maneira precoce, aos 23 anos de idade, tese sobre obstetrícia. Possuidor de um vasto conhecimento científico e experiente viajante por várias partes do mundo (desde o Havaí ao Japão), buscou na Rússia novos horizontes.

Através de um amigo físico russo, obteve a informação de que o Czar Alexandre I queria patrocinar expedições. Langsdorff não poupou esforços para atingir seus objetivos.

Foi para São Petersburgo, tornou-se membro da Academia de Ciências, mudou seu nome para Grigori Ivanovitch Langsdorff e, em 1812, foi nomeado cônsul-geral da Rússia no Brasil, tendo chegado ao Rio de Janeiro, em 1813.

O Barão Langsdorff morou no Rio alguns anos sem perder seu grande objetivo de vida: conhecer palmo a palmo este país fascinante em riquezas e biodiversidade.

Organizou a expedição com muita sabedoria e dinamismo. Era incansável e ativo e, suportava com alegria as privações e todas as incomodidades. Fascinado com a natureza exuberante, seus textos são verdadeiras declarações de amor ao Brasil.

Infelizmente, no último ano de expedição, Langsdorff perdeu completamente a razão e a memória devido às inúmeras vezes que contraiu malária. Voltou à Europa, vindo a falecer em 1852, na cidade de Freinburg (Freiburg) – Alemanha, sem nunca ter se recuperado.

EXPEDIÇÃO LANGSDORFF (entre 1821 e 1829)

Em meio ao pensamento positivista, foram organizadas muitas expedições de reconhecimento ao Novo e Novíssimo Mundo...

Essas viagens tinham propostas nobres, metas científicas e humanistas, diferente das anteriores que tinham como finalidade a descoberta de minérios e riquezas em geral para serem levadas à Europa ou expedições religiosas que buscavam catequizar o índios.

Naquela época, o Brasil rumava à Independência...

Comandada pelo naturalista alemão Georg Heinrich Von Langsdorff, consul da Rússia no Rio de Janeiro, teve apoio do governo russo e de autoridades brasileiras, entre elas, o estadista José Bonifácio Andrada e Silva. Iniciou em 1821 e durou oito anos.

Foram, ao todo, 39 pessoas, entre elas os pintores Hercules Florence e Adrian Taunay, o astrônomo Nestor Rubtsoz, o botânico Ludwig Ridel, o naturalista Wilhelm Freyreiss e uma equipe técnica de viagem incluindo escravos, guias, caçadores e remadores.

Nota: alguns narram que o barão contratou eficientes pesquisadores e grandes pintores como Hercules Florence que participou como segundo desenhista, retratando toda a viagem juntamente com Amado Adriano Taunay (Aimé-Adrien Taunay) e Johann Moritz Rugendas...

Em 1824, Langsdorff percorreu Minas Gerais, na primeira parte de sua expedição...

Em viagem pela província de São Paulo, em 1825, Langsdorff inicia a organização de uma outra expedição, conhecendo em Itu o Dr. Engler; este lhe sugeriu realizar a viagem pelo rio Tietê, até Cuiabá, informação esta confirmada por Hércules Florence. Ainda indicou algumas pessoas com as quais deveria manter contato, como Francisco Álvares de Machado e Vasconcellos, que muito auxiliou nos preparativos...

Resumindo, partiram da fazenda Mandioca no Rio de Janeiro, passaram por São Paulo (um vilarejo de 15 mil habitantes), navegando pelo Rio Tietê e Rio Paraná (SP), depois Rio Pardo, Rio Cuiabá (MT), rumo a Região Norte pelo Rio Arinos e Rio Juruena, atingindo o Rio Tapajós, Rio Amazonas até o Estado do Pará.

A Expedição Langsdorff partiu de Porto Feliz em 22/06/1826, visando atingir o rio Amazonas por via fluvial. Alcançou o porto de Cuiabá em 30/01/1827, mas a viagem só recomeçou em 5 de dezembro, em dois grupos...

O primeiro, com o barão e Florence, subiu o Tapajós e chegou a Santarém em 1º de julho de 1828. Nesse trajeto, o barão adoeceu gravemente, assim como muitos dos expedicionários, ficando mentalmente perturbado (a demência de Langsdorff se deveu a malária).

No segundo grupo, o primeiro desenhista Taunay sofreria pior sorte, morrendo afogado no rio Guaporé. A expedição só se reuniu em Belém, regressando de navio ao Rio de Janeiro, em 13/03/1829...

Todo o trajeto foi registrado sistematicamente nos Diários de Langsdorff, cujos originais estiveram perdidos por vários anos até serem localizados na Rússia... Até então, as informações sobre a Expedição tinham como base o diário publicado por Hércules Florence.

Em todo o caminho, foram muitas as dificuldades. Doenças tropicais (principalmente a malária) prejudicaram inclusive o próprio Langsdorff que, em 1828, perdeu a memória.

Mortes durante o trajeto, devido a perigos fluviais, problemas de incompatibilidade e dificuldades de relacionamento, sobretudo dificuldades financeiras no fim da provisão, transformaram a célebre expedição numa tragédia.

Financiada pelo governo russo, a “Expedição Langsdorff” foi uma das primeiras que registraram a flora, a fauna e a população indígena brasileira.

Dizem que pelos quatro Estados, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Pará, ele coletou 60 mil exemplares de plantas e enviou para São Petersburgo...

Apesar de todas as dificuldades, estes artistas realizaram inúmeros desenhos em aquarela sobre aves, mamíferos, peixes, plantas, paisagens e índios de nosso país...

A enorme coleção de duas mil páginas de anotações manuscritas, diários, e de registros iconográficos (300 desenhos) e cartográficos, foram dados como perdidos. Somente em 1930 foram encontrados nos porões do Museu do Jardim Botânico, em São Petersburgo.

Nota: parece que todo este acervo encontra-se, hoje, em São Petersburgo, na antiga União Soviética.

Hoje, a comunidade científica internacional é unânime em afirmar que esta foi uma das mais importantes expedições científicas que percorreram o interior do Brasil, no século XIX, de grande interesse para as ciências naturais como zoologia, botânica, mineralogia, geografia, metereologia e para as ciências humanas como sociologia, etnologia, linguística e economia.

Faz parte do acervo do mundo este trabalho heróico, minucioso e profundo destes desbravadores, destes homens cheios de coragem.

Com a criação da Associação Internacional de Estudos Langsdorff (AIEL), em 1990, houve o esforço para trazer cópia da documentação da expedição para o Brasil, que agora está disponível para consulta na Casa de Oswaldo Cruz, da FIOCRUZ, no Rio de Janeiro (RJ) e no Centro de Memória da Unicamp (CMU), em Campinas (SP).

Os Diários de Langsdorff, após anos de trabalho, foram publicados em três volumes, pela FIOCRUZ, com o apoio de diversas empresas. Com base nesta documentação, entre 1999-2000, foi refeita e filmada a Expedição para a Discovery Channel, em parceria com a Grifa Cinematográfica.

A refilmagem dessa Expedição contou com a participação da artista plástica Adriana Florence: http://members.tripod.com/CybelleF/Engler/cengler/langsdorff.htm#refilmagem

A artista plástica, Adriana Florence, é tetraneta de Hércules Florence, pintor e pesquisador na célebre Expedição Langsdorff. Além de retratar e catalogar nossa fauna, flora, costumes e economia, Hércules Florence é reconhecido como o “Pai da Fotografia”. Fone/Fax: (11) 3875-7360 (http://www.adrianaflorence.com.br/ – contato@adrianaflorence.com.br – aflorenc@uol.com.br).

Do lado esquerdo da tela: Tucháua – chefe Mundurukú em traje de festa – agosto de 1828, Santarém – aquarela (25 x 36cm), Hercule Florence. Do lado direito: Maloca dos Apiaká no rio Arinos – 1826, Hercule Florence.






Cartão-postal com retrato de G. V. Langsdorff... Do lado direito, retrato de Rugendas...




Abaixo, selo emitido pela Federação Russa em 23/06/1992 (Michel: 1822/28, Blb.250), com valor facial de 1 rublo, no tamanho 58 x 26 mm e picotagem 11 3/4, ele foi desenhado por Yu Levinovsky (clicando abre uma folhinha com 9 selos).

Este selo postal mostra o retrato do Barão Langsdorff (com seu nome em russo, o mesmo que Grigori Ivanovitch Glangsdorf) e o mapa da rota da Expedição Geográfica e Científica Langsdorff, ocorrida no Brasil entre 1822 a 1828.

O selo postal brasileiro (abaixo; Scott: 2366), com valor facial de Cr$ 3.000,00 compreende uma série emitida em 02/06/1992, para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que aconteceu no Rio de Janeiro – ECO-92. Ele também mostra o retrato do Barão Langsdorff, Georg Heinrich von Langsdorff (1774-1852), e a rota da Expedição Geográfica e Científica no Brasil, ocorrida entre 1822 a 1828.

Nota: ambas imagens dos selos foram utilizadas pelo Grupo Positivo.

HERCULES FLORENCE

Hercule-Romuald Florence (Antoine Hercule Romuald Florence) nasceu em Nice (sul da França), em 1804, filho de um médico do exército de Napoleão. Uns dizem que com a ajuda do pai, pintor autodidata, estudou artes plásticas... Outros que sendo de uma família de artistas, tinha habilidade para as artes e para as ciências, e sempre manifestou grande interesse por viagens e expedições.

Segundo uma história, chegou ao Rio de Janeiro em 1824, a bordo de uma fragata francesa comandada pelo capitão Rosamel, que lhe consegue o primeiro emprego na loja de um amigo francês. Trabalhava na livraria e tipografia de Pierre Placher quando soube do anúncio do barão de Langsdorff, que procurava um desenhista para sua expedição. Foi contratado, também por seus conhecimentos em cartografia.

Segundo outra história, sua natureza inquieta e uma insistente falta de emprego o conduzem a um desconhecido Rio de Janeiro, onde chega em 1824 e passa um ano como modesto caixeiro de uma casa comercial e, depois, vendedor de livros. Através dos jornais, descobre a vinda do famoso naturalista russo, o barão Langsdorff, e é aceito como desenhista daquela que viria a ser uma das maiores e mais profícuas expedições científicas realizadas no Brasil dos séculos passados.

De qualquer forma, durante a expedição que percorreu o interior do Brasil de 1825 a 1829, Florence escreveu um diário minucioso com importantes registros etnográficos, informações sobre a fauna, flora, hábitos e costumes do século XIX.

Parte deste relato foi traduzida e publicada por Alfredo dÉscragnolle Taunay sob o título “Esboço da viagem feita pelo Sr. Langsdorff pelo interior do Brasil, de setembro de 1825 à março de 1829”.

Outra parte, com o título “De Porto Feliz à Cuiabá (1826-1827), Diário de viagem de um naturalista da expedição do Barão Langsdorff”, foi publicada em 1929, na Revista do Museu Paulista e, mais tarde, reeditada pela Editora Melhoramentos em 1941 e 1948, com o nome “Viagem fluvial do Tiête ao Amazonas, de 1825 a 1829”.

Um outro manuscrito sobre a expedição faz parte do acervo do arquivo da Academia de Ciências de São Petesburgo, Federação Russa.

A contribuição de FLORENCE à Ciência, às Artes e à História estava apenas começando...

Florence não se limitava a desenhar e escrever, fixou até mesmo a musicalidade do canto de nossas aves em sua pequena monografia da Zoofonia, pois antes da Fotografia, Florence estudou a Zoofonia (sons produzidos por animais; atualmente, estabelecida como Bioacústica).

Em 1829, com o fim da expedição, estabeleceu-se na vila de São Carlos (atual Campinas) e constituiu família.

Em 04/01/1830, a filha única de Álvares Machado, Maria Angélica Álvares Machado e Vasconcellos, tornou-se a primeira esposa de Hércules Florence. Este casamento foi registrado por Silva Leme, em sua Genealogia Paulistana, no Título Oliveiras, v. 8, p. 529, onde foi citado como Antonio Hercules Romualdo Florence.

Dedica-se então à pesquisa de um novo sistema de reprodução, quando inventa seu próprio meio de impressão, a POLYGRAFIE ou POLYGRAPHIA – sistema de impressão simultânea de todas as cores primárias. Assim, descobre a POLIGRAFIA – impressão semelhante a de um mimeógrafo.

FLORENCE gosta da ideia de procurar novos meios de reprodução e descobre isoladamente um processo de gravação através da luz, que batizou de FOTOGRAFIA (PHOTOGRAFIE), em Agosto de 1832 (três anos antes de DAGUERRE).

Habilidoso, contudo solitário, no ano de 1833, inventou uma câmera fotográfica rudimentar – utilizou uma chapa de vidro em uma câmera escura, cuja imagem era passada por contato para um papel sensibilizado –, descobrindo isoladamente a fotografia no Brasil.

Foi o primeiro a usar a técnica Matriz: negativo/positivo, empregado até hoje! Conforme seu diário, passou a usar urina, rica em amônia, como fixador...

Foi na casa (ou farmácia) de Dr. Carlos Engler que Florence soube da pesquisa, realizada, na França, por Daguerre, sobre o mesmo processo fotográfico (FLORENCE, 1999; PRADA, 2000), abandonando as pesquisas...

Trabalhou sem descanso no processo de fixação de imagens através da luz solar. Suas anotações e pesquisas são elementos relevantes para nos levar a crer que ele antecedeu Daguèrre na invenção da fotografia.

A anotação em seu diário é bem clara:

“A fotografia é a maravilha do século. Eu também já havia estabelecido os fundamentos, previsto esta arte em sua plenitude. Realizei-a antes do processo de Daguèrre, mas trabalhei no exílio. Imprimi por meio do sol sete anos antes de se falar em fotografia. Já tinha lhe dado este nome; entretanto, a Daguèrre todas as honras.”

Com o falecimento de Maria Angélica, em 1850, Florence casou-se com a alemã Carolina Krug, em 1854.

Hoje, com acerto, Hercules Florence é reconhecido como o pai da fotografia. Florence morreu em Campinas, em 27/03/1879

A ironia histórica (oculta por 140 anos) é que o processo era mais eficiente do que o de DAGUERRE... Autor de vários livros, entre os quais se destaca: “Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas de 1825 a 1829”, publicado em 1875.

Criou o vocábulo “PHOTOGRAPHIE” – definidor do processo de impressão de imagens pela ação da luz – seis anos antes do britânico JOHN HERSCHEL – considerado o primeiro a fazer menção à palavra...

Embora não conhecesse o trabalho de JOSEPH NICÈPHORE NIÉPCE, que fixou a primeira fotografia em 1826, Florence pesquisa a gravação de imagens pela ação da luz.

Tal processo, desenvolvido por ele aqui no Brasil, baseia-se no mesmo princípio estabelecido pelo inglês WILLIAM HENRY FOX TALBOT: a reprodutibilidade das chapas (negativo/positivo).

Em 1976, após 4 anos de pesquisas e estudos exaustivos sobre documentação já existente a respeito de Florence, o historiador BORIS KOSSOY conseguiu comprovar em Rochester Institute of Technology, nos Estados Unidos, as experiências pioneiras e as aplicações práticas realizadas em 1833 sobre a descoberta isolada da fotografia no Brasil.

Graças à essas comprovações, hoje, qualquer livro clássico e sério sobre história da fotografia inclui a figura de Hércules Florence como um dos grandes precursores da invenção da fotografia...

Nota: Em 14/08/1989 foi emitido o selo: Ano Internacional da Fotografia. RHM: C-1643. Scott: 2203. Michel: 2316. Valor facial: NCz$ 1,50. O selo mostra as 4 fases da fotografia... Aniversário de 150 da Fotografia. Niépce, Daguerre, Talbot, Bayard e Florence...

Para saber mais e fontes:

  • Em 2004, a família Florence comemorou o bicentenário de nascimento de Hercules Florence. Leia o discurso proferido naquela ocasião, disponível em: www.hercules200.hpg.ig.com.br/
  • FLORENCE, Francisco A. Hércules Florence faz duzentos anos. Usina de Letras (03/03/2004):
    www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=2388&cat=Discursos&vinda=S
  • SUGIMOTO, Luiz (sugimoto@reitoria.unicamp.br). Retrato do homem bicentenário. Jornal da Unicamp, Campinas, n. 241, 16 a 29 fev. 2004.
    www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/fevereiro2004/ju241pag12.html
  • Família Engler – Genealogia – Langsdorff e Carlos Engler
    Cybelle de Assumpção Fontes (página elogios, em 12/10/05)
    http://members.tripod.com/CybelleF/Engler/cengler/langsdorff.htm
  • O livro e o trabalho de KASSOY, incluindo a reprodução dos métodos registrados por Florence nos laboratórios do Rochester Institute of Technology, levaram ao reconhecimento internacional do pesquisador franco-brasileiro. Assim, até a França assimilou que a fotografia tem:

MÚLTIPLAS PATERNIDADES...

O professor e pesquisador de fotografia Boris Kossoy lançou, no dia 29/08/2001, a nova edição do livro “Fotografia & História”, pela Ateliê Editorial. A obra, que há muito tempo se achava esgotada, tornou-se referência obrigatória em toda a América Latina, sendo pioneira na abordagem teórica sobre o emprego da fotografia como fonte de pesquisas históricas e sociais. É de Boris Kossoy a comprovação da descoberta independente da fotografia no Brasil, pesquisa que rendeu ampla repercussão internacional.

Boris Kossoy nasceu em São Paulo, em 1943. Arquiteto e pesquisador, é mestre e doutor pela Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1977/79) e livre-docente pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (2000).

Em meados de 1960, Kossoy dividia seu tempo entre a prancheta de arquiteto e a câmera fotográfica. Naquela época abriu o seu primeiro estúdio profissional, dedicando-se principalmente ao retrato e à ilustração. Em paralelo, desenvolvia suas imagens de expressão pessoal: são desse período as criações da série “Viagem pelo Fantástico” (que daria início ao livro do mesmo nome).

Suas fotografias dessa fase encontram-se representadas nas coleções permanentes do Museum of Modern Art e no Metropolitan Museum of Art, ambos em Nova York, Biblioteca Nacional de Paris e Museu de Arte de São Paulo.

Autor, entre outros, do Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro (1833-1910) e de uma recente trilogia publicada pelo Ateliê Editorial, onde disserta sobre a “desmontagem da informação”, Boris Kossoy desenvolve extensa atividade como curador e conferencista. É um nome definitivo para a compreensão da história da fotografia no Brasil.



“Hommage a Escher”, by Boris Kossoy, São Paulo 2000.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

FOTOCLUBISMO

FOTOCLUBISMO
No dia 29 de abril de 1939 é fundado nas dependências do edifício Martinelli, na capital de São Paulo, o FOTO CLUBE BANDEIRANTE. Posteriormente, em 1945, muda seu nome para FOTO CINE CLUBE BANDEIRANTE por seus trabalhos na área cinematográfica.
ERWIN VON DESSAUER – chileno que morreu no Brasil. Fez uma foto chamada “Junto à água”, em 1939.
O movimento Fotoclubista teve seu apogeu nas décadas de 40/60, com diversas manifestações, como: exposições, concursos, salões, mostras internacionais. Também, organizou por anos o Salão Internacional de Arte Fotográfica e duas Bienais P/B, em 1972, e a Colorida em 2003.
Na década de 40, o auge do fotoclubismo, movimento que reunia profissionais de diferentes áreas interessados na prática da fotografia como uma forma de expressão artística. Os primeiros fotoclubes surgem no início do século XX, mas é a partir dos anos 30 que passam a ter papel de destaque na formação e no aperfeiçoamento técnico dos fotógrafos brasileiros.
Os principais são o PHOTO CLUB BRASILEIRO (uma das principais agremiações do gênero, responsável pelo incremento da fotografia como meio de expressão pessoal), fundado no Rio de Janeiro, em 1923, e o já citado Foto Cine Clube Bandeirante, criado em São Paulo, cuja atuação é fundamental para o desenvolvimento da fotografia de autor no país.
Enquanto nos outros países já se contavam com muitas sociedades fotográficas, por exemplo: ROYAL PHOTOGRAPHIC SOC., Londres (1853), SOCIETÉ FRANÇAISE DE PHOTOGRAPHIE, Paris (1854), SOCIETÁ FOTOGRÁFICA SUBALPINA, de Turim (1889), aqui no Brasil, só no século seguinte...
A primeira de que se tem notícia positiva aconteceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1918, o primeiro foto clube brasileiro: o “PHOTO CLUB HELIOS”.

FOTOCLUBE On April 29, 1939 is founded on the premises of the building Martinelli, the capital of Sao Paulo, the PHOTO CLUB BANDEIRANTE. Later, in 1945, changed its name to PHOTO CINE CLUBE BANDEIRANTE for his work in film. ERWIN VON Dessau - Chilean who died in Brazil. He made a picture called "On the water" in 1939. Fotoclube The movement had its heyday in the decades of 40/60, with several events, such as exhibitions, competitions, fairs and international exhibitions. Also, for years has organized the International Exhibition of Photographic Art Biennials and two P / B, in 1972, and Color in 2003. In the 40s, the heyday of fotoclube, movement that brought together professionals from different fields interested in the practice of photography as an art form. The first fotoclube arise at the beginning of the twentieth century, but from 30 years to start to play a role in training and technical improvement of Brazilian photographers. The main ones are the PHOTO CLUB BRASILEIRO (one of the main associations of the genre, for the increase of photography as a means of personal expression), founded in Rio de Janeiro in 1923, and cited Foto Cine Clube Bandeirante, established in Sao Paulo, whose performance is crucial to the development of photography copyright in the country. While other countries have already had many photographic companies, for example: ROYAL PHOTOGRAPHIC SOC., London (1853), Société Française de Photographie, Paris (1854), SOCIETE GALLERY SUBALPINA of Turin (1889), in Brazil, only the next century ... The first of which is positive news has happened in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, in 1918, the first Brazilian club picture: the "PHOTO CLUB HELIOS.

HISTÓRIA DO FOTO CINE CLUBE BANDEIRANTE (FCCB)
A fundação ocorreu em uma loja de artigos fotográficos, a “PHOTO-DOMINADORA”, que surgiu a idéia de organizar um clube fotográfico. A loja, de ANTÔNIO GOMES DE OLIVEIRA e LOURIVAL BASTOS CORDEIRO, também praticantes da fotografia, era palco freqüente de discussões acerca de equipamentos e materiais fotográficos, e de trocas de experiências entre fotógrafos e amadores.
Anteriormente, já havia ocorrido uma primeira tentativa de se formar um clube fotográfico em São Paulo. Foi no ano de 1926, e se chamou SOCIEDADE PAULISTA DE PHOTOGRAPHIA que, infelizmente, não resistiu por muito tempo.
Esta sociedade chegou a editar uma revista de boa qualidade, a SOMBRAS E LUZES, mas acabou em 1929, logo após sua primeira exposição pública. Ainda não havia ambiente para a “fotografia-arte”, poucos acreditavam nela e os críticos de arte não a admitiam como tal...
Somente 10 anos depois, destacados paulistanos voltaram a pensar em nova sociedade. Eles costumavam reunir-se na “Photo-Dominadora” – uma loja de artigos fotográficos na Rua São Bento, de propriedade de Antônio Gomes de Oliveira e Lourival Bastos Cordeiro, eles próprios adiantados praticantes da fotografia.
Um desses freqüentadores era José Medina, que pelas ondas da P.R.K.9 – Radio Difusora, mantinha um programa diário sobre fotografia – “Instantâneos no Ar” – no qual dava conselhos, anunciava as novidades, comentava as fotos enviadas por ouvintes e promovia concursos.
Nas reuniões vespertinas na “loja do Gomes”, esses aficionados mostravam e discutiam suas fotos e experiências, as câmaras, objetivas etc. Até que um dia, não se sabe de quem partiu a idéia, decidiram fundar um novo foto-clube. Abriram-se listas de adesões e ao atingir o número considerado mínimo necessário – 50 aderentes – convocou-se a Assembléia Geral de Fundação, para a noite de 28/04/1939, no salão do Portugal Clube, no Edifício Martinelli, gentilmente cedido.

HISTORY OF PHOTO CINE CLUBE BANDEIRANTE (FCCB) It was founded on a photographic supply store, the "PHOTO-Domini" that the idea of organizing a club photo. The store, ANTONIO GOMES DE OLIVEIRA BASTOS CORDEIRO LOURIVAL and also practitioners of photography, was the site of frequent discussions about equipment and photographic materials, and exchange of experiences among photographers and amateurs. Previously, there had already been a first attempt to form a photographic club in Sao Paulo. The year was 1926, and was called Sociedade Paulista de PHOTOGRAPHIA that unfortunately did not survive for long. This company came to edit a magazine of good quality, shadows and lights, but ended in 1929, shortly after his first public exhibition. Although there was no environment for a "photo-art, few believed in it and the art critics do not admit as such ... Only 10 years later, São Paulo posted again think of the new company. They used to meet in the "Photo-Mistress" - a photographic supply store in St. Benedict Street, owned by Antonio Gomes de Oliveira and Bastos Cordeiro Lourival themselves early practitioners of photography. One of these patrons was Jose Medina, who waves the PRK9 - broadcasters, had a daily program on photography - "Instant Air" - which gave advice, announced the news, commenting on the photos sent by listeners and promoting the contest. The meetings each afternoon in the "store Gomes," these fans showed and discussed their experiences and photos, cameras, lenses etc.. Until one day, no one knows who started the idea, decided to found a new photo club. They opened up lists of accessions and to achieve the minimum number considered necessary - 50 members - convened to the General Foundation for the night of 28/04/1939, Portugal in the hall of the Club, the Building Martinelli, kindly.

Foto da fundação: 28 de abril de 1939 (Acervo Biblioteca FCCB).


Participaram da Assembleia 32 membros do clube, que assinaram a ata de fundação. Assim, com os estatutos aprovados, nasceu o Foto Clube Bandeirante. A sugestão do nome ficou por conta de JOSÉ DONATTI, alusão aos desbravadores do Brasil.
Compareceram e assinaram a ata de fundação: Antônio Gomes de Oliveira, José Donatti, Eugênio Fonseca Filho, Benedito Junqueira Duarte, José V. E. Yalenti, Alfredo Penteado Filho, Waldomiro Moretti, Luiz F. Lima, Victor Caccurri Jr., José Medina, Lourival Bastos Cordeiro, Jorge Backer, Eduardo de S. Thiago, Júlio S. Toledo, Joaquim R. Borges, Simon Kessel, José Louzada F. Amargo, Jorge Siqueira Silva, Francisco B. M. Ferreira, Edgar Flacquer, Antonio Ferrero, José A. Vergareche, João A. Giuzio, Mário Caccurri, Aldo Dacomo, Dyano Castanho, José M. Francisco, Waldomiro Ract, Gelmindo Poltronieri e Jorge Bittar.
E o clube iniciou suas atividades, instalando sua sede em três salas alugadas ali mesmo, no 22º andar do Edifício Martinelli, por 700$000 (setecentos mil réis) mensais. Para primeiro presidente do Clube, elegeu-se ALFREDO PENTEADO FILHO.
A primeira excursão fotográfica do Clube aconteceu em 09/07/1939, e foi à Guararema. Logo após, com as fotografias obtidas neste passeio, foi realizado o primeiro concurso interno, cujo vencedor foi RANDOLFO HOMEM DE MELLO.

Participated in the 32 Assembly members of the club, which signed the minutes of the foundation. Thus, with the statutes approved, was the Photo Club Bandeirante. The suggestion of the name was on account of Jose DONATTI, alluding to the pioneers of Brazil.Attended and signed the minutes of foundation: Antonio Gomes de Oliveira, José Donatti Eugenio Fonseca Filho, Benedito Duarte Junqueira, José V. E. Yalenti, Alfredo Penteado Filho, Waldomiro Moretti, Luiz F. Lima, Victor Caccurri Jr., Jose Medina, Lourival Bastos Cordeiro, George Backer, Edward S. Thiago, Julius S. Toledo, R. Joaquim Bennett, Simon Kessel, Joseph F. Louzada Bitter, Jorge Siqueira Silva, Francisco B. M. Ferreira, Edgar Flacquer, Antonio Ferrero, Joseph A. Vergareche, John A. Giuzio, Mario Caccurri, Aldo Dacom, Dyan Brown, Joseph M. Francisco, Waldomiro Ract, Gelmo Poltronieri and Jorge Bittar.And the club started its activities by installing its headquarters in three rented rooms there in the 22 th floor of Building Martinelli, for 700 $ 000 (seven hundred thousand reis) per month. For the first president of the Club, was elected ALFREDO PENTEADO SON.The first photographic tour of the Club held in 09.07.1939, and was the Guararema. Soon after, with the photographs taken on this tour, we performed the first internal competition, whose winner was RANDOLFO HOMEM DE MELLO.

Foto da Excursão à Guararema 1939 (Acervo Biblioteca FCCB).


Foram vencedores desse primeiro concurso: 1º lugar, Randolfo Homem de Mello (Pereiras); 2º lugar, Lourival Bastos Cordeiro (Faina Diária) e em 3º lugar, José V. E. Yalenti (Outono).
Mas logo veio a Segunda Guerra Mundial, e suas dificuldades acabaram por atingir o Foto Clube. O material fotográfico não chegava às prateleiras, já que havia grandes restrições à importação, e a prática da fotografia foi proibida em diversos lugares. Para resistir, o Clube teve que tomar algumas providências; uma delas foi a mudança da sede para um lugar menor, decisão tomada pelo Conselho de Fundadores, que à época assumiu a direção...
Em 02/1940 o clube transferiu-se para duas pequenas salas, à Rua São Bento, 357 – 1º andar, prédio em cujo pavimento térreo estava a loja Fotótica.
03/10/1942 – 1º SALÃO PAULISTA DE ARTE FOTOGRÁFICA
A realização do primeiro salão de fotografia se apresentou como uma saída para escapar da crise causada pela Segunda Guerra e, ao mesmo tempo, chamar a atenção da imprensa e dos interessados nesta arte. Foi assim que, a 3 de outubro de 1942, o Primeiro Salão Paulista de Arte Fotográfica foi inaugurado.
Were winners of this first contest: 1st place, Randolph Homem de Mello (Pear), 2nd place, Lourival Bastos Cordeiro (daily work) and in 3rd place, José V. E. Yalenti (autumn).But then came World War II, and their difficulties eventually reached the Photo Club. The photographic material did not reach the shelves, since there were major restrictions on imports, and practice of photography was prohibited in several places. To resist, the Club had to take some steps, one of which was to move the seats to a smaller place, a decision reached by the founders, who at that time took over ...In 02/1940 the club moved to two small rooms, at Rua São Bento, 357 - 1st floor, building on whose ground floor was the store Fotot.03/10/1942 - 1st PAULISTA HALL ART GALLERYThe completion of the first salon of photography is presented as a way to escape the crisis caused by World War and at the same time draw the attention of the press and interested in this art. And so, on 3 October 1942, the First São Paulo Salon of Photographic Art was inaugurated.

Abaixo , a fotografia histórica retrata o 1º Salão de 1942. Mais abaixo, a foto mostra entregas de diplomas do 1º Salão de 1942. Ambas compõem o acervo da Biblioteca FCCB.
Below, the historic photograph depicts the 1st Salon of 1942. Below, the photo shows delivery of diplomas of the 1st Salon of 1942. Both make up the Library FCCB.

A exposição ocorreu no “Salão Almeida Júnior”, da Galeria Prestes Maia, nos baixos do Viaduto do Chá, e teve o apoio da Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP), que colaborou com a impressão do seu catálogo. Apesar do nome, a mostra teve âmbito nacional; também fizeram parte dela, pela primeira vez no país, fotografias de estrangeiros, em uma seção chamada “Boa Vizinhança”.
Estas fotos, que estavam fora de concurso, eram de convidados argentinos, dos Foto Clubes de Concórdia e de Rosário. Este primeiro salão serviu para reafirmar o nome do Foto Clube, pois teve uma ótima repercussão na imprensa. No fim deste ano foi eleito para a presidência Eduardo Salvatore, cuja gestão teve início em janeiro de 1943.
The exhibition took place in "Hall Adams Jr.," Gallery of Prestes Maia, low in the Viaduct do Cha, and had the support of the Municipality of São Paulo (PMSP), which collaborated with the impression of your catalog. Despite the name, the show was national, were also part of it, for the first time in the country, photos of foreigners, in a section called "Good Neighbor".These photos, which were out of competition, were invited Argentina, the Photo Club of Concord and Rosario. This first room served to reaffirm the name of the Photo Club, because he had a great response in the press. Later this year was elected chairman Eduardo Salvatore, whose administration began in January 1943.

Excursão do Foto Clube Bandeirante para Ribeirão Pires, em 1942.

Salvatore incentivou as atividades internas e a participação dos membros do clube nos Salões Internacionais, que renderam diversos prêmios aos “bandeirantes”. No Segundo Salão, em novembro de 1943, uma novidade: pela primeira vez, abriu-se um lugar para os fotógrafos da imprensa, filiados da Associação Paulista de Imprensa. Estes fotógrafos puderam mostrar seus trabalhos no “Estande Dr. José Maria Lisboa”.
Em novembro de 1944 ocorreu o 3º Salão, já com âmbito internacional, com oito países participantes, entre eles os Estados Unidos da América do Norte e a Inglaterra. Dai por diante, o Salão seria sempre internacional. Já no ano de 1945, com a entrada de um grupo de cineastas amadores, criou-se o Departamento de Cinema, com a direção de Jean Jurre Roos.
O clube mudou seu nome para Foto Cine Clube Bandeirante, e teve que pensar em mudar de sede, já que a antiga ficou pequena. Assim, em 1949 ocorre a mudança para sede própria. Isto propiciou a criação dos primeiros cursos de fotografia e cinema do país...
Salvatore encouraged internal activities and participation of club members at the Salons International, which earned several awards for "pioneers". In the second room in November 1943, a novelty: for the first time, opened a place for press photographers, affiliated to the Associação Paulista de Imprensa. These photographers were able to show their work in "Stand José Maria Lisboa".In November 1944 was the 3rd room, already with international scope, with eight participating countries, including the United States of North America and England. Thereafter, the Hall would always be international. As early as 1945, with the entry of a group of amateur filmmakers, created the Department of Cinema, with the direction of Jean Jurre Roos.The club changed its name to the Foto Cine Clube Bandeirante, and had to think about changing the seat, since the former was small. Thus, in 1949 is moving to its own headquarters. This enabled the creation of the first courses in photography and cinema in the country ...



Antes e Depois do Bandeirante
Evidentemente, todas essas realizações granjearam grande prestígio para o Foto Cine Clube Bandeirante. Seu maior renome adveio, porém, das novas concepções que trouxe para a fotografia artística brasileira, sendo equiparado aos grandes grupos fotográficos renovadores de outros, como por exemplo o “FOTOFORM”, na Alemanha; o “BUSSOLA”, na Itália; o “GRUPO DOS XV”, na França; o “LA VENTANA”, no México.
Com efeito, ao ser fundado o Foto Cine Clube Bandeirante, em 1939, na fotografia brasileira, como aliás, na grande maioria das sociedades fotográficas, salões e exposições de todo o mundo, ainda prevaleciam os conceitos clássicos e os processos denominados “artísticos”, como o bromóleo, goma-bicromatada, carbro etc.
Era o “pictorialismo”, grandemente influenciado pela pintura acadêmica: as paisagens em meio tons, suaves; a natureza morta; os retratos de “velhos barbudos” que tinha seu grande arauto na “Photographic Societ of América – PSA” e no Brasil, o Foto Clube Brasileiro, com JOÃO NOGUEIRA BORGES, HERMINIA NOGUEIRA BORGES, GUERRA DUVAL, DJALMA GAUDIO, JAYME H. TÁVORA, BELLINI DE ANDRADE e outros.
Em São Paulo, no Bandeirante, eram expoentes dessa “escola”, entre outros, VALENCIO DE BARROS, HEITOR DE ASSIS PACHECO, CARLOS QUIRINO SIMÕES, ISMAEL ALBERTO DE SOUZA, GUILHERME MALFATTI, WALDOMIRO MORETTI, DOMINGOS BUSNELLI, CLAUDIO PUGLIESI, HENRI E. LAURENT, PLINIO S. MENDES.
Before and After Bandeirante Of course, all these achievements have earned great prestige for the Foto Cine Clube Bandeirante. His greatest fame stemmed, however, new concepts that brought the Brazilian artistic photography, being treated to large groups of other photographic innovators, such as "Fotoforma" in Germany, the "compass" in Italy, the "group THE XV ", in France, the La Ventana, Mexico. Indeed, to be founded Foto Cine Clube Bandeirante in 1939, the Brazilian photography, as indeed in most societies, photographic salons and exhibitions around the world, still prevailed the classical concepts and processes as "artistic" as bromóleo, gum bi-chromate, etc. Carbras. It was the "pictorial" greatly influenced by the academic painting: the landscape in the middle tones, soft, still life, portraits of "old bearded men" who had his great herald in "Photographic Societ of America - PSA and Brazil, the Photo Club Brasileiro, with JOÃO NOGUEIRA BORGES, HERMINIA NOGUEIRA BORGES, WAR DUVAL, DJALMA GAUDIO, JAYME H. TÁVORA, BELLINI de Andrade and others. In Sao Paulo, the Bandeirante, were exponents of this "school", among others, VALENCIO DE BARROS, HEITOR DE ASSIS PACHECO, Carlos Quirino Simões, ISMAEL ALBERTO DE SOUZA, WILLIAM MALFATTI, WALDOMIRO MORETTI, SUNDAYS BUSNELLI, CLAUDIO PUGLIESI, HENRI E. LAURENT, S. PLINIO MENDES.

EXPOENTES DO FOTOCLUBISMO
O “Pictorialismo” fotográfico prevaleceu nos dois primeiros salões...
Mas, a partir do terceiro, em 1943, mais precisamente a partir de 1945 e nas décadas de 50/60, instigados por YALENTE, SALVATORE e BENEDITO J. DUARTE, os bandeirantes se lançaram à experimentação renovadora e modernizadora.
A pesquisa, o estudo e o aproveitamento dos efeitos de luz, desde a luz lateral, os seus contrastes e o contra-luz total, levaram a uma sintetização e simplificação cada vez mais acentuada das linhas e formas geométricas.
É a fase da “fotografia arquitetônica” (José Yalenti, Thomaz Farkas, Benedito Junqueira Duarte, Gertudes Altschull, Eduardo Salvatore e Chico Albuquerque - ambos abaixo) explorando as linhas, os planos, os detalhes dos modernos edifícios e que, através de processos como o “alto contraste”, a “solarização” e o uso do papel brilhante (antes banido das exposições fotográficas) logo evoluiu...
Exponent of FOTOCLUBEThe "Pictorialism" photographic prevailed in the first two rooms ...But from the third, in 1943, more precisely from 1945 and the decades of 50/60, instigated by YALENTE, and SALVATORE J. BENEDITO DUARTE, the pioneers took to the trial renovating and modernizing.The research, study and use of light effects from the light side, its contrasts and backlight total, led to a synthetic and simple increasingly sharp lines and geometric shapes.It is the stage of "architectural photography" (José Yalenti, Thomaz Farkas, Benedito Duarte Junqueira, Gertudes Altschull, Eduardo Chico and Salvatore Albuquerque - both below) exploring the routes, plans, details of modern buildings and, through processes such as the "high contrast", the "solarization" and the use of glossy paper (previously banned from photographic exhibitions) and evolved ...

Eduardo Salvatore nasceu em São Paulo (1915-2007). Abaixo , uma foto de sua autoria datada de 1948. Mais abaixo, uma foto de Chico Albuquerque ou Francisco Albuquerque (Acervo Biblioteca FCCB) quem, em 1948, fez a primeira campanha publicitária fotográfica no país...
Eduardo Salvatore was born in Sao Paulo (1915-2007). Below, a photo of the author dated 1948. Below, a photo of Chico Francisco or Albuquerque Albuquerque (Collection FCCB's) who, in 1948, made the first ad campaign gallery in the country ...

... Evoluiu para o “abstracionismo”, o “concretismo” o “grafismo”, com Marcel Giró, Geraldo de Barros, Rubens Teixeira Scavone, Ademar Manarini, Willian Brigato, Emil Issa, entre outros.
De outro lado, porém, o “surrealismo” com Roberto Yoshida (o mestre do “table-top” e da fotomontagem), German Lorca, Moacir Moreira, Alfio Trovato e também Gertudes Altschull (perita na “separação de tons” e na solarização)...
... Evolved into the "abstraction", the "concreteness" the "form", with Marcel Giro, Geraldo de Barros, Rubens Teixeira Scavone, Ademar Manarini, William Brigato, Emil Issa, among others.On the other hand, however, the "surrealism" with Roberto Yoshida (the master of "table-top" and the collage), German Lorca, Moacir Moreira, Alfio Trovato and also Gertudes Altschull (expert in "separation of tones and solarization ) ...

Marcel Giró (1956).
Roberto Yoshida (1959).

A fotografia “Subjetiva” e o “néo-realismo” também tinham vez com IVO FERREIRA DA SILVA, DULCE CARNEIRO, JACOB POLACOW, KAZUO KAHAWARA, M. LAERT DIAS, CAMILO JOAN, NELSON PETERLINI...
O “movimento” se descongelava nas fotografias de RAUL CHAMA, ARNALDO MACHADO FLORENCE, JOÃO B. NAVE FILHO; o retrato e a figura humana ganhavam conotações “expressionistas” com ALDO DE SOUZA LIMA, TUFY KANJI, RAUL EITELBERG...
As cenas e os personagens anônimos da grande cidade tinham seus intérpretes nos flagrantes de JÚLIO AGOSTINELLI, EDUARDO AYROSA, ANTÔNIO DA SILVA VICTOR, JOÃO MINHARRO...
A própria paisagem e a natureza morta ganharam novos enfoques com CARLOS COMELLI, LUDOVICO MUNGIOLI, LUIS VACCARI, TAKASHI KUMAGAI, JOSÉ GALDÃO, GASPAR GASPARIAN...

The photograph "Subjective" and "neo-realism" also had time with IVO FERREIRA DA SILVA, DULCE RAM, POLACOW Jacob, KAZUO Kahawa, M. LAERTE DIAS, CAMILO JOAN, NELSON PETERLINI ...The "movement" to thaw in the photographs of RAUL FLAME, ARNOLD FLORENCE MACHADO, JOHN B. NAVE SON, the human figure and portrait earned connotations "expressionist" with ALDO DE SOUZA LIMA, Tufy KANJI, RAUL Eitelberg ...The scenes and characters of the anonymous big city had its interpreters in flagrant JÚLIO AGOSTINELLI, EDUARDO AYROSA, ANTONIO VICTOR DA SILVA, JOHN Minharro ...The very landscape and still life have gained new approaches with Carlos Comelli, LUDOVICO MUNGIOLI, LUIS VACCARI, TAKASHI KUMAGAI, JOSÉ GALDÃO, GASPAR Gasparian ...

“A Espera”, foto de Júlio Agostinelli.
“Trilhos”, foto de Takashi Kumagai

Gaspar Gasparian: 1950
Gaspar Gasparian 1956
E HERROS CAPPELLO revolucionaria a fotografia em cores com processos próprios e originais, alterando a seu bel prazer as cores originais dos objetos, solarizando os negativos em cores e fazendo fotografia colorida partindo de negativos branco e preto, numa primazia mundial...
Foram os anos da grande ruptura na fotografia nacional, buscando novas formas de expressão e uma linguagem mais específica para a fotografia, provocando até a conversão de renitentes acadêmicos como por exemplo, JOSÉ OITICICA FILHO, até então o artista-fotógrafo brasileiro mais premiado em certames fotográficos no país e no estrangeiro.
Com suas “recriações”, Oiticica veio engrossar a corrente abstracionista e concretista que teve no seu ápice em 1965, quando o Foto Cine Clube Bandeirante obteve da VIII Bienal de Arte Moderna a criação de uma sala especialmente dedicada à fotografia.
Todos esses “ismos” e os que os sucederam como o “supra-realismo”, a “arte-pop” etc, encontravam guardia e duelavam no Bandeirante através dos seus concursos internos, seminários, salões, artigos na revista Foto-Cine, tornando-o o grande foro de debates da fotografia brasileira.
Também no setor de cinema o clube revelou grandes cineastas, entre eles, BENEDITO J. DUARTE que se tornaria um nome internacional no documentário médico-ciêntifico; GERALDO JUNQUEIRA DE OLIVEIRA, THOMAZ J. FARKAS, CÉZAR YASBECK, ESTANISLAU SZAKOWSKI, ABRÃO BERMAN...
Com todo esse movimento, começaram, finalmente, a cair as barreiras que se opunham à fotografia artística; os críticos de arte passaram a olhá-la com maior atenção; os museus e as galerias de arte principiaram a se abrir para ela...
And HERRERA CAPPELLO revolutionize photography in color and unique processes of altering at pleasure the original colors of objects, Solarize negatives in color and making color photograph from negative black and white, a global primacy ... Were the years of major disruption in the national picture, looking for new ways of expression and more specific language for the photo, leading to the conversion of reluctant scholars such as Jose Oiticica Filho, until then the artist-photographer in Brazil's most prized contests cameras in the country and abroad. With his "recreations", Oiticica came to swell the current abstractionist and concrete was at its height in 1965, when the Foto Cine Clube Bandeirante obtained from the VIII Biennial of Modern Art to create a room specially dedicated to photography. All these "isms" and those who succeeded them as the "super-realism," "art-pop", etc., are saved in the Bandeirante and dueled through their internal competitions, seminars, lecture, journal articles in Photo-Cine, making it the great forum of discussion of Brazilian photography. Also in the movie business the club has shown great filmmakers, among them, Benedito J. DUARTE would become an international name in the documentary Medical Scientific; JUNQUEIRA GERALDO DE OLIVEIRA, J. THOMAZ FARKAS, CÉZAR Yasbeck, ESTANISLAU SZAKOWSKI, ABRÃO BERMAN ... With all this movement, began at last to drop the barriers that were opposed to artistic photography, art critics began to look at it more carefully, museums and art galleries began to open up to her ...
O Bandeirante instala os primeiros cursos de fotografia e cinema que se realizaram no país; promove os primeiros Festivais Nacionais e Internacionais de Cinema Amador; o Boletim Informativo (criado em 1946) na revista “Foto cine”; realiza exposições com renomados autores do país e do estrangeiro, seminários, debates, palestras etc.
Sob sua inspiração e orientação, vários outros foto-clubes se organizaram no interior do Estado e em outros Estados do Brasil. Em dezembro de 1950, promove a 1º Convenção Nacional de Arte Fotográfica, reunindo delegações de todos os foto-clubes então existentes. Presidiu o veterano Dr. João Nogueira Borges, Presidente – Perpétuo do Foto Clube Brasileiro.
Dentre outra inúmeras resoluções destinadas à maior divulgação e aperfeiçoamento da arte fotográfica, dessa convenção resultou a fundação da Confederação Brasileira de Fotografia e Cinema, que passou a representar o Brasil na Federation Internationale de l’Art Photographique – FIAP.
Pouco antes, pela lei Estadual nº 839, de 14/111950, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo havia declarado o Foto Cine Clube Bandeirante “Entidade de Utilidade Pública”.
Com o correr dos anos, também a sede da Rua Avanhandava se tornou pequena. E, meados de 1970, repetindo o feito anterior, o clube adquiriu outra, maior e mais confortável, a sede a rua José Getúlio, 442, onde se prossegue em suas atividades.
Destacados artistas-fotógrafos e dirigentes de foto clubes estrangeiros que a visitaram, entre os quais o Dr. Maurice Van de Wyer, fundador e Presidente de Honra da Federacion Internationale de l’Art Photographique, a consideram-na uma das melhores e mais bem aparelhadas do mundo...
he Bandeirante installs the first courses in photography and film have taken place in the country, promoting the first National and International Festival of Amateur Film, the newsletter (established in 1946) in the magazine "Photo cine; organizes exhibitions with renowned authors of the country and abroad, seminars, debates, lectures, etc.. Under his inspiration and guidance, many other photo clubs organized within the state and other states of Brazil. In December 1950, promotes the 1st National Convention of Photographic Art, bringing together delegations from all photo-existing clubs. He chaired the veteran Dr. John Nelson Borges, President - Perpetual Photo Club of Sterling. Among numerous other resolutions for greater dissemination and improvement of photographic art, this agreement resulted in the founding of the Brazilian Confederation of Photography and Film, which now represent Brazil at the Federation Internationale de l'Art Photographique - FIAP. Earlier, the State Law No. 839 of 14/111950, the Legislative Assembly of the State of Sao Paulo had declared Foto Cine Clube Bandeirante "Entity of Public Utility. Over the years, also the headquarters of the Street Avanhandava became small. And in mid-1970, repeating the feat before, the club acquired another, larger and more comfortable, the seat of the street José Vargas, 442, where it continues in its activities. Featured artists, photographers and photo managers of foreign clubs who have visited, including Dr. Maurice Van de Wyer, founder and Honorary President of the Federacion Internationale de l'Art Photographique to consider it one of the best and well equipped the world ...

Na metade do século XX, a categoria fotográfica foi assumida, portanto ganha o direito de estar em um museu...
Graças à visão inovadora de seu diretor, PIETRO MARIA BARDI, o MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO ASSIS CHATEAUBRIAND (MASP), se firmará no decorrer do período como o principal espaço de valorização e de ensino sistemático da fotografia.
Dois profissionais egressos do FOTO CINE CLUBE BANDEIRANTE, tornam-se os primeiros a realizar exposições individuais de fotografia num museu brasileiro de arte, foram expostos os trabalhos de Thomas Farkas (1948) e de Geraldo de Barros (1950).
Nesse período, ambos foram os responsáveis pela implantação do laboratório fotográfico do museu, também pelo programa de cursos de fotografia, que contribuíram na formação de diversos profissionais nos anos seguintes...
O Clube continua com suas atividades e, em abril de 2005, foi inaugurada a exposição coletiva “Espontaneidade Estética”, na qual eu participei; veja página de exposições!
FCCB – Um clássico em cursos no Brasil!Rua Augusta, 1.108 – São Paulo (SP)
E-mail: bandeirante@fotoclub.art.br – www.fotoclub.art.brJosé Luiz Pedro – Presidente do Foto Cine Clube Bandeirante
E-mail: jlpedrobr@yahoo.com.br – http://www.photocluber.blogspot.com/
In half of the twentieth century, the photographic category was assumed, therefore gains the right to be in a museum ...Thanks to the innovative vision of its director, Pietro Maria Bardi, the ART MUSEUM OF SAO PAULO Assis Chateaubriand (MASP) will be established during the period as the main area of recovery and systematic teaching of photography.Two graduates of the professional PHOTO CINE CLUBE BANDEIRANTE, become the first to perform solo exhibitions of photography in a Brazilian museum of art were exhibited the works of Thomas Farkas (1948) and Geraldo de Barros (1950).During this period, both were responsible for the implementation of the photographic laboratory of the museum, also the program of courses in photography, which helped in the training of professionals in the following ...The Club continues with its activities and, in April 2005, opened the group exhibition "Spontaneity Aesthetics," in which I participated, see page exhibition!
FCCB - A classic courses in Brazil!Rua Augusta, 1108 - São Paulo (SP)
E-mail: bandeirante@fotoclub.art.br - www.fotoclub.art.brJosé Luiz Pedro - President of Foto Cine Clube Bandeirante
E-mail: jlpedrobr@yahoo.com.br - http://www.photocluber.blogspot.com/
FOTO-CINE CLUBE GAÚCHO
Era 03/07/1951, um grupo composto por doze apaixonados pela fotografia estava disposto a criar um clube para as pessoas que, como eles, usavam a fotografia como forma de expressão.
Dessa maneira, em assembléia geral realizada no auditório do Correio do Povo, o FOTO-CINE CLUBE GAÚCHO foi fundado por JOSÉ ALBERTO JOÃO STELKENS, JORGE ALBERTO CASTRO DE FARIA, BRUNO REIMANN, NELSON FRANÇA FURTADO, ERNI BRUNO GUTTLER, ARNO ANTÔNIO RÜDIGER, JOSÉ MACHADO DE OLIVEIRA JÚNIOR, RICARDO HELMUTH BERGER, LUIZ CARLOS SERRANO, NESTOR IBRAHIM NADRUZ, ORTWIN SAUER, e PAULO DERLY STREHL.
Anteriormente, Porto Alegre já havia testemunhado a criação e dissolução do PHOTO CLUB HELIOS, um departamento da Sociedade de Ginástica da capital gaúcha, e um dos primeiros clubes de fotógrafos amadores do país. Na época da fundação do Foto-Cine Clube Gaúcho já existia a Associação dos Fotógrafos Profissionais do Rio Grande do Sul – AFPRGS.
Por ser voltada aos profissionais, a AFPRGS não contemplava os interesses dos fotógrafos amadores. Assim surgiu o Clube, como uma dissidência daquela Associação, criado para preencher as necessidades de quem não vivia da fotografia, mas se utilizava dela como um meio de manifestação artística.
De lá para cá, o Clube já formou mais de 4.000 alunos. A grande maioria de associados é composta por médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, que encaram a fotografia como um hobby levado a sério. Muitos fotógrafos que hoje atuam profissionalmente também tiveram suas primeiras lições nas dependências do Clube, como LUIZ ACHUTTI, RUY VARELLA, LUIZ ABREU, MYRA GONÇALVES, LÍGIA BIGNETTI, ANDRÉ CHASSOT, AMAURY FAUSTO.
O cinqüentenário do Foto-Cine Clube Gaúcho deve ser um momento de reflexão acerca da importância do clubismo como movimento. Porque sem dúvida, o clubismo teve um papel fundamental na difusão da fotografia e no seu reconhecimento como arte no Brasil.
O Foto-Cine Clube Bandeirante, por exemplo, colaborou fortemente para essa mudança de mentalidade. A Escola Paulista de Fotografia, que introduziu o modernismo na fotografia brasileira por volta da década de 50, causou uma ruptura, modificando a maneira de ver e compor a imagem.
Infelizmente, o clubismo atualmente não conta com muitos adeptos pelo Brasil. Talvez isso se deva à popularização das câmeras compactas, ou ao alto custo de materiais e equipamentos que dificultam a manutenção de um hobby tão oneroso para amadores...
PHOTO-CINE CLUB GAÚCHO
03/07/1951 It was a group composed of twelve love for photography was willing to create a club for people who, like them, they used photography as a form of expression. Thus, at a general meeting held in the auditorium of the Correio do Povo, the PHOTO-CINE CLUB GAÚCHO was founded by John STELKENS JOSÉ ALBERTO, ALBERTO JORGE DE CASTRO FARIA, BRUNO REIMANN, FRANCE FURTADO NELSON, ERNI BRUNO GUTTLER, ARNO RÜDIGER ANTONIO, JOSE MACHADO DE OLIVEIRA JR, RICARDO HELMUTH BERGER, LUIZ CARLOS SERRANO, NESTOR IBRAHIM Nadruz, Ortwin SAUER, and Paul DERLY STREHL. Previously, Porto Alegre had witnessed the creation and dissolution of the PHOTO CLUB HELIOS, a division of the Society of Gymnastics capital city, and one of the first clubs of amateur photographers in the country. At the time of the founding of Photo-Cine Clube Gaúcho existed the Association of Professional Photographers of Rio Grande do Sul - AFPRGS. Being directed to professionals, the AFPRGS did not address the interests of amateur photographers. Thus arose the Club, as an offshoot of that association, created to meet the needs of those who did not live photography, but it was used as a means of artistic expression. Since then, the Club has trained more than 4,000 students. The vast majority of associates is comprised of physicians, dentists, engineers, architects, who see photography as a hobby taken seriously. Many photographers who currently work professionally also had their first lessons on the premises of the Club, as LUIZ Achutti, VARELLA RUY LUIZ ABREU, MYRA GONÇALVES, LÍGIA BIGNETTI, ANDRÉ CHASSOT, AMAURY FAUSTO. The fiftieth anniversary of Photo-Cine Clube Gaúcho should be a moment of reflection about the importance of clubismo as movement. Because without a doubt, the clubismo played a key role in the spread of photography and its recognition as art in Brazil. The Photo-Cine Clube Bandeirante, for example, assisted in the change of mentality. The Paulista School of Photography, which introduced modernism in Brazilian photography in the decade of 50, caused a break by modifying the way to see and compose the image. Unfortunately, the clubismo currently does not have many fans in Brazil. This may be due to the popularization of compact cameras, or the high cost of materials and equipment that make it difficult to maintain such an expensive hobby for amateurs ...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

História da fotografia

Fotografia é uma técnica de gravação por meios mecânicos e químicos ou digitais, de uma imagem numa camada de material sensível à exposição luminosa, designada como o seu suporte. A palavra deriva das palavras gregas [fós] (”luz”), e [grafis] (”estilo”, “pincel”) ou grafê, significando “desenhar com luz” ou “representação por meio de linhas”, “desenhar”.
Photography is a recording technique using mechanical and chemical or digital, of an image in a layer of material sensitive to light exposure, known as its support. The word derives from the Greek words [fossil] ( "light"), and [graphic arts] ( "style", "paintbrush") or graph, meaning "drawing with light" or "representation by means of lines", "draw".
Linguagem da fotografia
Pela sua natureza, a fotografia é ferramenta ou objeto de estudo da antropologia visual, enquanto representação iconográfica. O ícone, como o define Charles Sanders Peirce, significa representação pela imagem. Segundo Roland Barthes como a fotografia é uma imagem, ela possuí uma linguagem conotativa e denotativa, ou o óbvio e o obtuso. A linguagem denotativa é o óbvio: tudo o que se vê na fotografia, tudo que está evidente. O conotativo é o obtuso: toda a informação ímplicita na fotografia. O enquadramento da foto, o posicionamento da câmara, mais para cima ou mais para baixo dando noção de superioridade ou inferioridade. Tudo isso se trata de informações conotativas da fotografia, que geralmente revelam a bagagem social e cultural do próprio fotógrafo, o seu studium (Barthes).
Language photography
By their nature, photography is a tool or object of study of visual anthropology, as iconographic representation. The icon sets as Charles Sanders Peirce, the image representation means. According to Roland Barthes and the picture is a picture, she owned a denotative and connotative language, or the obvious and dull. The language that suggests the obvious: everything you see in the picture, everything is clear. The connotative is blunt: all the information implicit in the photograph. The framing of the shot, the positioning of the camera, higher or lower down give an idea of superiority or inferiority. All this information is connotative of photography, which usually reveal the social and cultural baggage of the photographer, his studium (Barthes).
Dispositivos formadores de imagem
Mais comumente uma câmera ou câmara escura é o dispositivo formador de imagem e o filme fotográfico ou um cartão digital de armazenamento é a mídia de gravação, mas existem outros métodos. Por exemplo, a fotocópia ou máquina xerográfica, forma imagens permanentes mas usa a transferência de cargas elétricas estáticas no lugar do filme fotográfico, disso provém o termo eletrofotografia. Na raiografia, divulgada por Man Ray em 1922 imagens são produzidas pelas sombras de objetos no papel fotográfico, sem o uso de câmera. E podem-se colocar objetos diretamente do digitalizador (scanner) para produzir figuras eletronicamente.
ImagersMost
commonly a camera or camera obscura is the image forming device and photographic film or a digital storage card is the recording medium, but there are other methods. For example, a photocopy or xerography machine, forms permanent images but uses the transfer of static electrical charges rather than photographic film, hence the term electrophotography. In rayographs, released by Man Ray in 1922 are images produced by the shadows of objects on photographic paper, without the use of camera. And you can put objects directly from the scanner (scanner) to produce pictures electronically.
Fotógrafos controlam a câmera ao expor o material fotosensível (filme ou sensor digital CCD/CMOS) à luz. Depois de processar, este produz uma imagem cujo conteúdo é aceitavelmente nítido, iluminado e composto para atender ao objetivo de fotografar.
Photographers control the camera to expose the photosensitive material (film or digital sensor CCD / CMOS) to light. After processing, this produces an image whose contents are acceptably sharp, bright and composed to meet the goal of shooting.
O controle inclui:
a) Foco
b) Abertura das lentes
c) Tempo de exposição (ou velocidade de abertura do obturador)
d) Distância focal das objetivas (tele-objetiva, zoom ou grande-angular)
e) Sensibilidade do filme

Os controles são geralmente inter-relacionados, por exemplo, o brilho é a abertura multiplicado pela velocidade de abertura do Obturador, e variando a distância focal das lentes permitir-se-á maior controle sobre a profundidade de campo fotográfico.
The control includes:
a) Focus
b) Lens Aperture
c) Exposure time (or speed of the shutter opening)
d) Focal length of objective (tele-objective, zoom or wide angle)
e) Film speed
The controls are usually interrelated, for example, the brightness is open multiplied by the speed of opening the shutter, and varying the focal length of lens afford to be more control over depth of field photography.
Usos da fotografia
A fotografia pode ser classificada como tecnologia de confecção de imagens e atrai o interesse de cientistas e artistas desde o seu começo. Os cientistas usaram sua capacidade para fazer gravações precisas, como Eadweard Muybridge em seu estudo da locomoção humana e animal (1887). Artistas igualmente se interessaram por este aspecto, e também tentaram explorar outros caminhos além da representação fotomecânica da realidade, como o movimento pictural. As forças armadas, a polícia e forças de segurança usam a fotografia para vigilância, identificação e armazenamento de dados.
Fotografias aéreas eram utilizadas para levantamento do uso da terra e planejamento de uma determinada região.
Uses of photography
Photography can be classified as a technology of making pictures and attracts the interest of scientists and artists since its inception. Scientists used their ability to make accurate recordings, such as Eadweard Muybridge in his study of human and animal locomotion (1887). Artists also interested in this aspect, and also tried to explore other ways besides photomechanical representation of reality, as the pictorial movement. The military, police and security forces use photography for surveillance, identification and data storage.Aerial photographs were used to survey the land use and planning of a particular region.
História da fotografia
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1825 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo chamado Betume da Judéia. Foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Em 1835 Daguerre desenvolveu um processo usando prata numa placa de cobre denominado daguerreotipo.
History of Photography
The first known photograph is an image produced in 1825 by Frenchman Joseph Nicéphore Niépce, a pewter plate covered with a petroleum derivative called bitumen of Judea. It was produced with a camera, and required about eight hours of exposure to sunlight. In 1835 Daguerre developed a process using silver on a copper plate called the Daguerreotype.Aerial photographs were used to survey the land use and planning of a particular region.
Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.
Image of the first permanent photograph in the world made by Nicéphore Niépce in 1825.
Quase simultaneamente, William Fox Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia, mas demorou para anunciar e não foi mais reconhecido como seu inventor.
O daguerreotipo tornou-se mais popular pois atendeu à demanda por retratos exigida da classe média durante a Revolução Industrial. Esta demanda, que não podia ser suprida em volume nem em custo pela pintura a óleo, deve ter dado o impulso para o desenvolvimento da fotografia. Nenhuma das técnicas envolvidas (a câmara escura e a fotosensibilidade de sais de prata) era descoberta do século XIX. A câmara escura era usada por artistas no século XVI, como ajuda para esboçar pinturas, e a fotossensibilidade de uma solução de nitrato de prata foi observada por Johann Schultze em 1724.
Recentemente, os processos fotográficos modernos sofreram uma série de refinamentos e melhoramentos sobre os fundamentos de William Fox Talbot. A fotografia tornou-se para o mercado em massa em 1901 com a introdução da câmera Brownie-Kodak e, em especial, com a industrialização da produção e revelação do filme. Muito pouco foi alterado nos princípios desde então, além de o filme colorido tornar-se padrão, o foco automático e a exposição automática. A gravação digital de imagens está crescentemente dominante, pois sensores eletrônicos ficam cada vez mais sensíveis e capazes de prover definição em comparação com métodos químicos.
Para o fotógrafo amante da fotografia em preto e branco, pouco mudou desde a introdução da câmera Leica de filme de 35mm em 1925.
Almost simultaneously, William Fox Talbot developed a different process called calotype, using paper sheets covered with silver chloride. This process is very similar to the photographic process in use today, as it produces a negative that can be reused to produce more positive images. Hippolyte Bayard also developed a method of photography but delayed announcing it and was not recognized as its inventor. The Daguerreotype proved more popular as it responded to the demand for portraiture emerging middle class during the Industrial Revolution. This demand, which could not be met in volume and in cost by oil painting, must have given the impetus for the development of photography. None of the techniques involved (the darkroom and photosensitivity of silver salts) was the discovery of the century. The camera obscura was used by artists in the sixteenth century as an aid to sketches for paintings, and photosensitivity of a solution of silver nitrate was observed by Johann Schultze in 1724. Recently, the modern photographic process suffered a series of refinements and improvements on the grounds of William Fox Talbot. The picture has become for the mass market in 1901 with the introduction of Kodak Brownie camera and, in particular, with the industrialization of production and film development. Very little has changed in principle since then, and the color film to become the standard, the auto focus and auto exposure. A digital recording of images is becoming increasingly prevalent, as electronic sensors become more sensitive and able to provide definition in comparison with chemical methods. For the photographer lover of photography in black and white, little has changed since the introduction of the Leica camera 35mm film in 1925.
A Fotografia no cotidiano e na vida
A fotografia pode ser utilizada no processo de investigação do cotidiano de nossos estudantes, a fim de que mediante as imagens obtidas da escola, da família, da vizinhança, da cidade e das coisas que os cercam, eles sejam orientados, através de uma metodologia específica, para análise e estudo desses “momentos documentados” e suas correlações históricas, sociais, geográficas, étnicas e econômicas; na educação, a simples disponibilidade do aparato tecnológico não significa facilitar o processo ensino-aprendizagem. É preciso que o professor alie os recursos tecnológicos com os seus conhecimentos e estratégias de ensino, visando alcançar um objetivo: o conhecimento significativo.
A photograph in the daily life
and Photography can be used in the investigation of the daily lives of our students, so that the images obtained by the school, family, neighborhood, city and things that surround them, they are guided through a specific methodology for analysis and study of these "moments documented and their correlation historical, social, geographical, ethnic and economic, education, the mere availability of technological apparatus, not to facilitate the teaching-learning process. It is necessary that the teacher combines the technological resources with their knowledge and teaching strategies to achieve an objective: meaningful knowledge.
Fotografia em preto e branco
A fotografia nasceu em preto e branco, ou melhor, preto sobre o branco, no inicio do século XIX. Desde as primeiras formas de fotografia que se popularizaram, como o daguerreótipo, aproximadamente na década de 1830, até aos filmes preto e branco atuais, houve muita evolução técnica, e diminuição dos custos. Os filmes atuais hoje têm uma grande gama de tonalidade, superior mesmo aos coloridos, resultando em fotos muito ricas em detalhes. Por isso as fotos feitas com filmes PB são superiores ás fotos coloridas convertidas em PB.
Photography in black and white
The photograph was in black and white, or rather, black on white, in the early nineteenth century. From the earliest forms of photography that became popular, like the daguerreotype, about the 1830s, to the black and white movies today, there was a lot of developments in technology and lower costs. The current movies today have a wide range of tone, even more than the colorful, resulting in pictures that are very rich in detail. So photos taken with PB films are superior to color pictures converted to CP.
Meio tom
As fotografias preto e branco se destacam pela riqueza de passagens de tons; a fotografia colorida, entretanto, não capta apropriadamente as nuances sutis de mudanças tonais. Podemos afirmar, desta forma, que a fotografia preto e branco é mais apropriada para a captura de meios tons. Na P&B se aproveita a luz e a sombra para fazer efeitos que as deixam bem mais lindas, tanto que existem pessoas que fotografam apenas preto e branco mesmo com o advento do equipamento digital. Desta forma é algo precipitado o debate que coloca em cheque os processos químicos preto e branco frente à tecnologia digital.
Halftone
The black and white photographs are characterized by a wealth of passages from hues, the color photograph, however, does not properly capture the subtle nuances of tonal changes. We can say, therefore, that the black and white photography is more appropriate to capture mid-tones. In R & B takes advantage of light and shadow effects to make it the most beautiful, so that there are people who shoot only black and white even with the advent of digital equipment. Thus, it is something that precipitated the debate put in check the chemical processes black and white front of the digital technology.
Fotografia colorida
A fotografia colorida foi explorada durante o século XIX e os experimentos iniciais em cores não puderam fixar a fotografia nem prevenir a cor de enfraquecimento. Durante a metade deste século as emulsões disponíveis ainda não eram totalmente capazes de serem sensibilizadas pela cor verde ou pela vermelha (total sensibilidade a cor vermelha só foi obtida com êxito total no começo do século XX). A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o Autocromo, somente chegou ao mercado no ano de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata.
O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963.
A fotografia colorida pode formar imagens como uma transparência positiva, planejada para uso em projetor de slides (diapositivos) ou em negativos coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial. A último é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido à introdução do equipamento de fotoimpressão automático.
Color photography
Color photography was explored during the nineteenth century and the early experiments in color could not fix the photograph and prevent the color from fading. During the middle of this century emulsions available were not yet fully capable of being sensitized by the color green or the red (total sensitivity to red was only achieved with complete success in the early twentieth century). The first permanent color photo was taken in 1861 by the physicist James Clerk Maxwell.
The first color film, Autochrome, just hit the market in 1907 and was based on dyed dots of potato extract.The first modern color film, Kodachrome, was introduced in 1935 based on three colored emulsions. Most modern color films, except Kodachrome, are based on technology developed by Agfacolor in 1936. Instant color film was introduced by Polaroid in 1963.
Color photography may form images as a positive transparency, intended for use in slide projector (slides) or as color negatives, intended for use in creating positive color enlargements on specially coated paper. The latter is now the most common form of color photographic film (not digital), due to the introduction of automated photoprinting equipment.
Fotografia Digital
Fotografia digital é a fotografia tirada com uma câmera digital ou determinados modelos de telefone celular, resultando num arquivo de computador que pode ser editado, impresso, enviado por e-mail ou armazenado em websites ou CD-ROMs.
A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos que trabalhavam em localidades distantes (como correspondentes de órgãos de imprensa) sem acesso às instalações de produção. Com o aumento da competição com a televisão, houve um aumento de pressão para transferir imagens aos jornais mais rapidamente.
O sensor de CCD que substitui o filme nas câmeras digitais.Fotógrafos em localidades remotas carregariam um minilaboratório fotográfico com eles, e alguns meios de transmitir suas imagens pela linha telefônica. Em 1990, a Kodak lançou o DCS 100, a primeira câmera digital comercialmente disponível. Seu custo impediu o uso em fotojornalismo e em aplicações profissionais, mas a fotografia digital nasceu.
Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de consumo, e estão provavelmente substituindo gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos cai e a qualidade da imagem melhora.
A Kodak anunciou em Janeiro de 2004 que não vai mais produzir câmeras reutilizáveis de 35 milímetros após o fim desse ano. Entretanto, a fotografia “líquida” vai durar, pois os amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais e técnicas tradicionais.
Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez converte a luz num código electrónico digital, uma matriz de números digitais (quadro com o valor das cores de todos os pixels da imagem), que será armazenado num cartão de memória. Tipicamente, o conteúdo desta memória será mais tarde transferido para um computador. Já é possível também transferir os dados diretamente para uma impressora, gerar uma imagem em papel, sem o uso de um computador. Uma vez transferida para fora do cartão de memória, este poderá ser apagado e reutilizado.
Digital Photography
Digital photography is a photo taken with a digital camera or some cell phone models, resulting in a computer file that can be edited, printed, sent by e-mail or stored on websites or CD-ROMs. Traditional photography was a considerable burden for photographers working at remote locations (as the correspondent of the press) without access to production facilities. With increasing competition from television, there was an increase of pressure to transfer images to the newspapers soon.
The CCD sensor that replaces the film in the cameras digitais.Fotógrafos in remote locations would carry a photographic minilabs with them, and some means of transmitting their images over the phone line. In 1990, Kodak introduced the DCS 100, the first commercially available digital camera. Its cost precluded the use of photojournalism and professional applications, but digital photography was born.
In 10 years, digital cameras have become consumer products, and probably are gradually replacing their traditional counterparts in many applications because the price of electronics drops and the picture quality improves.
Kodak announced in January 2004 that will not produce reusable cameras 35 mm after the end of this year. However, the photograph "net" will last, because the amateurs and skilled artists preserve the use of traditional materials and techniques.
In digital photography, light sensitizes a sensor called a CCD or CMOS, which in turn converts the light into a digital electronic code, an array of digital numbers (table with the value of the colors of all pixels in the image) to be stored in a memory card. Typically, the contents of this memory will later be transferred to a computer. It is also possible to transfer data directly to a printer, to generate an image on paper without the use of a computer. Once moved from the memory card, it can be erased and reused.
Álbuns virtuais
Com a popularização da fotografia digital, surgiram sites na internet especializados em armazenar fotografias. Suas imagens podem ser vistas por qualquer pessoa do planeta. Elas ficam organizadas por pastas e podem ser separadas por assuntos a sua escolha.
Os Álbuns Virtuais podem ser usados com vários propósitos, veja abaixo alguns deles:
Virtual Albums
With the popularization of digital photography, there were sites on the Internet specializing in storing photographs. Your pictures can be viewed by anyone on the planet. They are organized in folders and can be separated by topics of your choice.The Virtual Albums can be used for various purposes, here are some:
Portfólio
Muito usado por fotógrafos amadores/profissionais para mostrar seu trabalho.
Portfolio
Widely used by amateur photographers / professionals to display their work.
Armazenamento
Quem não quer ocupar espaço no seu HD pode usar o álbum para armazenar suas fotografias.
Storage
Who does not want taking up space on your hard drive can use the album to store your photos.
Negócios
Outros usam os álbuns para vender seus trabalhos fotográficos.
Business
Others use the albums to sell your photographic work.
Fotojornalismo
O fotojornalismo preenche uma função bem determinada e tem caracteristicas próprias. O impacto é elemento fundamental. A informação é imprescindível. É na fotografia de imprensa, um braço da fotografia documental, que se dá um grande papel da fotografia de informação, o fotojornalismo. É no fotojornalismo que a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. E essas informações podem ser passadas, com beleza, pelo simples enquadramento que o fotógrafo tem a possibilidade de fazer. Nada acontece hoje nas comunicações impressas sem o endosso da fotografia.
Existem, basicamente, quatro gêneros de fotografia jornalistica:
Photojournalism
Photojournalism meets a clearly defined function and has different features. The impact is fundamental. The information is essential. Is the picture of the press, an arm of documentary photography, which gives a great picture of the role of information, photojournalism. It is in photojournalism that photography can display all their ability to transmit information. And this information can be passed, with beauty, the simple framework that the photographer is able to do. Nothing happens today in printed communications without the endorsement of the photograph.There are basically four kinds of journalistic photography:
As fotografias sociais
Nessa categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia.
Photographs social
In this category are included in the photo policy, economics and business, and pictures of events of general facts of the city, state and country, including a photograph of tragedy.
As fotografias de esporte
Nessa categoria, a quantidade de informações é o mais importante e o que influi na sua publicação.
The photographs of sport
In this category, the amount of information is the most important and what affects their publication.
As fotografias culturais
Esse tipo de fotografia, tem como função chamar a atenção para a notícia antes de ela ser lida e nisso a fotografia é única. Neste item podemos colocar um grande segundo grupo, a esportiva, pois no fotojornalismo o que mais vende após a polícia é o esporte.
Photographs cultural
This type of photography, is designed to draw attention to the news before it is read and the picture it is unique. This item can put a large second group, sports, photojournalism for the best-selling after the police are the sport.
As fotografias policiais
Muitos, quase todos os jornais exploram do sensasionalismo para mostrar acidentes com morte, marginais em flagrante, para vender mais jornais e fazer uma média com os assinantes. Pode-se dizer que há uma rivalidade entre os jornais para ver qual aquele que mostra a cena mais chocante num assalto, morte, acidente de grande vulto.
A fotografia nos meios de comunicação social, principalmente em impressos(jornais, revistas e folhetos) é o mais importante, sem uma imagem o material fica pobre.
A fotografia em preto e branco publicada em jornais, existe há mais de cem anos e é uma das caracteristicas do fotojornalismo. Embora, a fotografia colorida tenha ganhado espaço nessa categoria, no início dos anos 70 com as revistas semanais como Veja e Leia (revistas brasileiras).
Photographs police
Many, almost all the newspapers to explore the sensationalist show accidents with death, marginal in the act, to sell more newspapers and make an average with subscribers. One can say that there is a rivalry between the papers to see which one that shows the most shocking scene in assault, death, accident large scale.
The picture in the media, especially in print (newspapers, magazines and brochures) is the most important, without an image the material is poor.The photograph in black and white published in newspapers, there is more than one hundred years and is one of the characteristics of photojournalism. Although, the color photography has gained ground in this category, the beginning of the 70 weekly magazines such as Look and Read (Brazilian magazine).
Visão periférica
Com o passar dos tempos os repórteres-fotográficos desenvolvem o que podemos chamar de visão periférica, uma graduação maior de visão.Os graus de visão do repórter aumenta por ter que cuidar à distancia e próximo, exemplo claro disso é o futebol, onde ambos extremos são utilizados.
Peripheral vision
Over the time the reporters, cameras develop what we call peripheral vision, a greater degree of visao. degrees of vision increases reporter for being busy at a distance and near clear example of this is football, where both ends are used.
Fotojornalismo independente
A idéia do fotojornalismo independente surgiu na França após a II Guerra Mundial. Formou-se agencia de fotografos com um mesmo objetivo: ter liberdade de pauta, discutir os trabalhos realizados, se aprofundar nas reportagens e sobretudo lutar pelos direitos autorais e a posse dos negativos originais. A Agência Cooperativa Magnum, fundada em 1947 em Paris, por quatro fotografos: Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger, foi a pioneira. O movimento de reconstrução da Europa e o progresso tecnológico exigido pela destruição da guerra proporcionaram a criação de uma forma nova de fazer e comercializar a fotografia e discutir sua função. Paris, pela sua importância geográfica e ideológica, facilitava isso. A criação dessa nova forma de agenciar imagens viria modificar toda a história do fotojornalismo no mundo.
Independent Photojournalism
The idea of independent photojournalism originated in France after World War II. He graduated from the photo agency with one goal: to have freedom of staff, discussing the work, to delve into the stories and especially to fight for copyright and ownership of the original negatives. The Agency Co-operative Magnum, founded in 1947 in Paris by four photographers: Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour and George Rodger, was the pioneer. The movement to rebuild Europe and technological progress required the destruction of the war led to the creation of a new way to make and sell the picture and discuss its function. Paris, for its geographical and ideological importance, facilitated it. The creation of this new way of procuring images would change the history of photojournalism in the world.
Agências de notícias
Com o tempo, as Agências de Notícias proliferaram-se, e hoje muitos jornais de pequeno e médio porte criam agências, agenciando seus fotógrafos para venda de seus trabalhos e em redes de jornais a circulação interna das fotografias.Podemos observar sobre as imagens a agência ou a abreviatura.
News agencies
Over time, the news agencies are proliferated, and today many newspapers small and midsize agencies creating, managing their photographers to sell their work and networks for internal circulation newspapers fotografias.Podemos observe the images on the agency or abbreviation.
Paparazzi
Com a História da morte da princesa Diana se criou um folclore sobre os Paparazzi, esses fotógrafos de ocasião podem chegar a ficar famosos em virtude de suas fotos. Estar a posto com uma câmara na mão basta para registrar uma imagem que pode render muito dinheiro, e também reputação.
Paparazzi
With the history of the death of Princess Diana was created a folklore about the Paparazzi, these photographers can get the opportunity to become famous because of their photos. Be placed with a camera in hand just to record an image that can yield much money, and also reputation.
Crédito fotográfico - direito autoral
No Brasil a lei do direito autoral garante ao fotógrafo, pode ser a primeira de sua vida, mas que tenha o nome do seu autor. Ao observarmos as publicações de renome e as que são dignas publicam num cantinho da fotografia o nome do fotógrafo, mesmo que acompanhado de possível Agência de Notícias, bem como seu veículo de comunicação. O crédito fotográfico obrigatório em todas as publicações, mundialmente conhecido como tal onde o nome do fotógrafo deve constar na obra.
Photo Credit - copyright
In Brazil, the copyright law grants the photographer, can be the first of his life, but that has the name of the author. When looking renowned publications and those that are worth publishing in a corner of the photograph the photographer's name, even if accompanied by possible News Agency, as well as your communication vehicle. Photo credit mandatory in all publications, widely recognized as such where the photographer's name must appear on the site.
Fotografia publicada
Na maioria dos meios de comunicação os fotógrafos independentes ganham por foto publicada, então, se enviam dezenas de fotografias e só uma for publicada só receberão por ela. Para muitos, principalmente quem está iniciando é algo muito bom ver seu crédito fotográfico.
Photograph published
Most of the media photographers independent gain for each published photo, so if they send dozens of photos and only one is published only receive it. For many, especially those who are starting something great to see your photo credit.
Lentes/Objetivas
Para entender um pouco de objetivas uma de 24mm equivale a 75graus e uma objetiva de 300mm equivale a 12 graus.A olho de peixe, 12mm, fotografa os pés e a cabeça. Uma 500mm (aquelas que vemos em jogos de futebol) consegue fotografar só o goleiro do outro lado do campo de futebol.Ou seja, as lentes com valores inferiores a 50mm são consideradas Grande Angulares e com valores acima de 50mm são consideradas teleobjetivas.
Lenses / Lenses
To understand a bit of a 24mm objective equals 75graus and a 300mm lens equivalent to 12 graus.A fisheye, 12mm, shooting the legs and head. A 500mm (those we see in football games) can only shoot the goalie on the other side of the field futebol.Ou is, the lenses with lower values are considered to 50mm Wide Angles and values greater than 50mm is considered telephoto.
Fotógrafo
Fotógrafo é a pessoa que tira fotografia, usando uma câmera. É geralmente considerado um artista, pois faz seu produto (a foto) com a mesma dedicação e da mesma forma que qualquer outro artista visual.
Photographer
Photographer is the person who take photos, using a camera. It is generally considered an artist, it makes your product (the photo) with the same dedication and the same way as any other visual artist.
Amadores e profissionais
Quando um determinado autor de fotografias baseia grande parte do seu rendimento nesta atividade, diz-se ser um fotógrafo profissional.
Por vezes, o adjetivo profissional é usado errôneamente na fotografia para valorizar uma determinada imagem fotográfica ou perícia de um autor. Na realidade, a qualidade da fotografia nem sempre está relacionada com o fato do seu autor ser ou não profissional. Muitos amadores realizam com regularidade imagens mais bem sucedidas que muitos profissionais.
Na realidade “profissional” refere-se apenas à profissão do autor, e não à qualidade do trabalho. Ao mesmo tempo que um profissional pode realizar um trabalho mal feito, pode-se entender melhor, adiante no parte de “arte”.
O adjetivo amador, quando atribuído a um fotógrafo, pode ter um significado muito vasto. Pessoas que apenas fotografam a sua família e vida, para uso pessoal, consideram-se fotógrafas amadores. Outros fotógrafos amadores chegam a publicar livros, realizar exposições e dedicam uma vida inteira ao estudo da fotografia.
Amateur and professional
When a particular author's photographs bases much of its income in this activity, is said to be a professional photographer.Sometimes, the adjective is used erroneously professional photography to enhance a particular image or expertise of an author. In fact, the picture quality is not always related to the fact that the author or not professional. Many amateurs perform regular images more successful than many professionals.Actually "professional" refers only to the profession of the author and not the quality of work. At the same time that a professional can do a bad job, we can understand better later in the piece of "art".The adjective amateur, when assigned to a photographer can have a very wide meaning. People who only photographs of his family and life, for personal use, consider themselves amateur photographers. Other amateur photographers get to publish books, conduct exhibitions and devote a lifetime to the study of photography.
Especializações do fotógrafo
Uma vez que na atualidade a fotografia serve um vasto campo de assuntos e objetivos, foram criadas especializações. O fotógrafo especializa-se para melhor dominar a técnica de um determinado tipo de fotografia ou assunto. As especializações mais conhecidas são a foto reportagem (de eventos sociais), moda, o fotojornalismo, a paisagem, o retrato e a publicitária (arte da fotografia de objetos em estúdio).
Photographer specializations
Since nowadays the photograph is a wide range of issues and goals, there are spe. The photographer specializing best to master the technique of a particular type of photographic subject. The best-known specialties are the photo story (social events), fashion, photojournalism, landscape, portrait and advertising (the art of photography of objects in the studio).
Formação de um fotógrafo
A formação em fotografia numa escola de arte pode realizar-se através de um curso de fotografia ou de várias disciplinas de fotografia integradas em cursos de arte, design, pintura, multimédia, cinema, jornalismo e etc. Normalmente estes cursos estão orientados para o exercício da fotografia enquanto arte.
Numa escola profissional, a formação em fotografia está mais orientada para o exercício da fotografia enquanto profissão comercial.
Formation of a photographer
The training in photography at an art school can be achieved through a course in photography or more disciplines of photography courses in integrated art, design, painting, multimedia, film, journalism and so on. Usually these courses are geared to the pursuit of photography as art.A vocational school, training in photography is more geared to the pursuit of commercial photography as a profession.
Memória e Afeto
Na fotografia encontra-se a ausência, a lembrança, a separação dos que se amam, as pessoas que já faleceram, as que desapareceram.
Para algumas pessoas, fotografar é um ato prazeroso, de estar figurando ou imitando algo que existe. Já para outras, é a necessidade de prolongar o contato, a proximidade, o desejo de que o vínculo persista.
Strelczenia, 2001, apud Debray (1986, p. 60) assinala que a imagem nasce da morte, como negação do nada e para prolongar a vida, de tal forma que entre o representado e sua representação haja uma transferência de alma. A imagem não é uma simples metáfora do desaparecido, mas sim “uma metonímia real, um prolongamento sublimado, mas ainda físico de sua carne”.
A foto faz que as pessoas lembrem do seu passado e que fiquem conscientes de quem são. O conhecimento do real e a essência de identidade individual dependem da memória. A memória vincula o passado ao presente, ela ajuda a representar o que ocorreu no tempo, porque unindo o antes com o agora temos a capacidade de ver a transformação e de alguma maneira decifrar o que virá.
A fotografia captura um instante, põe em evidência um momento, ou seja, o tempo que não pára de correr e de ter transformações. Ao olhar uma fotografia é importante valorizar o salto entre o momento em que o objeto foi clicado e o presente em que se contempla a imagem, porém a ocasião fotografada é capaz de conter o antes e depois.
Confia-se, portanto, na capacidade da câmera fotográfica para guardar os instantes que se consideram valiosos. Tirar fotografias ajuda a combater o nada, o esquecimento. Para recordar é necessário reter certos fragmentos da experiência e esquecer o resto. São mais os instantes que se perdem que os que podemos conservar. Segundo Strelczenia (2001), “A memória se premia recordando, fazendo memorável; se castiga com o esquecimento ”.
Fotografa-se para recordar, porque os acontecimentos terminam e as fotografias permanecem, porém não sabemos se esses momentos foram significativos em si mesmos ou se tornaram memoráveis por terem sido fotografados.
A memória é constitutiva da condição humana: desde sempre o homem tem se ocupado em produzir sinais que permaneçam mais além do futuro, que sirvam de marca da própria existência e que lhe dêem sentido. A fotografia traz consigo mais daquilo do que se vê. Ela não somente capta imagens do mundo, mas pode registrar o “gesto revelador, a expressão que tudo resume, a vida que o movimento acompanha, mas que uma imagem rígida destrói ao seccionar o tempo, se não escolhemos a fração essencial imperceptível” (CORTÁZAR, 1986,p.30)
Todo esse campo de interpretação que a fotografia permite parte de vários fatores, ingredientes que agem profundamente (nem sempre visíveis) no significado da imagem. Segundo Lucia Santaella e Winfried Nöth (2001), esses elementos são: o fotógrafo, como agente; o fotógrafo, a máquina e o mundo, ou seja, o ato fotográfico, a fenomenologia desse ato; a máquina como meio; a fotografia em si; a relação da foto com o referente; a distribuição fotográfica, isto é, a sua reprodução; a recepção da foto, o ato de vê-la.
É no ensaio fotográfico que a pessoa busca a emoção, algo que ela nunca tenha sentido. A fotografia é capaz de ferir, de comover ou animar uma pessoa. Para cada um ela oferece um tipo de afeto. Na composição de significado da foto, segundo Barthes (1984), há três fatores principais: o fotógrafo (operator), o objeto (spectrum) e o observador (spectator). O fotógrafo lança seu olhar sobre o assunto, ele o contamina e faz as fotos segundo seu ponto de vista. O objeto (ou modelo) se modifica na frente de uma lente, simulando uma coisa que não é. No caso do observador, ele gera mais um campo de significado, lançando todo o seu repertório e alterando mais uma vez a imagem.
Barthes (1984, p. 45) observa ainda a presença de dois elementos na fotografia, aquilo que o fotógrafo quis transmitir é chamado de studium, ou seja, é o óbvio, aquilo que é intencional. Já quando há um detalhe que não foi pré-produzido pelo autor, recebe o nome de punctum. Esse último gera um outro significado para o observador, fere, atravessa, mexe com sua interpretação.
Reconhecer o studium é fatalmente encontrar as intenções do fotógrafo, entrar em harmonia com elas, aprova-las, dicuti-las em mim mesmo, pois a cultura (com que tem a ver o studium) é um contrato feito entre os criadores e os consumidores. (…) A esse segundo elemento que vem contrariar o studium chamarei então punctum. Dessa vez, não sou eu que vou busca-lo, é ele que parte da cena, como uma flecha, e vem me transpassar (BARTHES, 1984, p. 48).
Por meio das fotografias descobre-se a capacidade de obter camadas inteiras e de emoções que estão escondidas na memória. Também se pode descobrir e obter novas significações que naqueles momentos não estavam explícitas.
As imagens são aparentemente silenciosas. Sempre, no entanto, provocam e conduzem a uma infinidade de discursos em torno delas.
Memory and Affect
Pictured is the absence, the memory, the separation of those who love, people who have died, those who disappeared.
For some people, photography is a pleasurable act, or appearing to be mimicking something that exists. For others, it is the need for continued contact, proximity, the desire that the relationship persists.
Strelczenia, 2001, quoted in Debray (1986, p. 60) notes that the image is born of death, and denial of nowhere and to prolong life, such that between the represented and its representation there is a transfer of the soul. The image is not a simple metaphor of the missing, but "a real metonymy, an extension sublimed, but his physical flesh.
" The photo makes people remember their past and are aware of who they are. The knowledge of the real and the essence of individual identity depends on memory. The memory links the past to the present, it helps to represent what happened at the time, because before uniting with now have the ability to see the transformation and somehow figure out what will come. The photograph captures a moment, reveals a moment, that is, the time does not stop running and have changes. When looking at a photograph is important to appreciate the jump between the time the object was clicked and the present in which we contemplate the image, but the time taken is able to contain the before and after.
Trust is, therefore, the ability of the camera to save the moments that are considered valuable. Taking pictures helps fight nothing, oblivion. To recall is necessary to retain some fragments of experience and forget the rest. Is rather the moments that are lost that we can save. According Strelczenia (2001), "Memory is recalling awards, making memorable if they are punished with forgetting.
Photographs to remember, because the events end and photographs remain, but do not know if those moments were significant in themselves or become memorable because they were photographed.
The memory is constitutive of the human condition ever since man has been busy producing signals that remain beyond the future, serving as a mark of existence and giving him direction. The photo brings more of what you see. It not only captures images of the world, but can register the "revealing gesture, the expression that sums up everything in life that accompanies the movement, but that a fixed image destroys the cut the time, if not essential to choose the fraction imperceptible" (Cortázar , 1986, p.30)
This whole field of interpretation that allows the photograph part of several factors, ingredients that act deep (not always visible) on the meaning of the image. According to Lucia Santaella and Winfried Nöth (2001), these are: the photographer, as agent, the photographer, the camera and the world, that is, taking pictures, the phenomenology of this act, as a machine, the photograph itself; the ratio of the picture with respect to the distribution gallery, that is, their reproduction, the reception of the picture, the act of seeing it.
It is in the photo shoot that the person seeking the thrill, something that it never makes sense. Photography is able to hurt, to move or animate a person. For each she offers a kind of affection. In the composition of meaning of the picture, according to Barthes (1984), there are three main factors: the photographer (operator), the object (spectrum) and the observer (spectator). The photographer sets his sights on the subject, he infects and causes the photos from his point of view. The object (or model) is changing in front of a lens, simulating something that is not. In the case of the observer, it generates more than one field of meaning, releasing all of their songs and changing again the image.
Barthes (1984, p. 45) also notes the presence of two elements in the picture, what the photographer wanted to convey is called studium, that is, the obvious, what is intended. Even when there is a detail that was not pre-produced by the author, is called the punctum. The latter creates a different meaning to the observer, it hurts, crosses, affects their interpretation. To recognize the studium is inevitably find the intentions of the photographer, into harmony with them, adopt them, dicutir them in myself, because culture (with which concerns the studium) is a contract between creators and consumers . (...) In this second element that is contrary to the studium then call punctum. This time, I am I going to search it, is it part of the scene, like an arrow, and has run through me (Barthes, 1984, p. 48).
Through photographs revealing the ability to obtain whole layers and emotions that are hidden in memory. You can also discover and acquire new meanings that those moments were not explicit.
The images are apparently silent. Where, however, provoke and lead to a multitude of discourses around them.
Fotografia como arte
O homem sempre tentou reter e fixar movimentos do mundo, começando com desenhos na caverna, passando pela pintura em tela e escultura, e, por fim, chegando a fotografia. Esse é um meio de comunicação de massa, sendo muito popular em nossos dias e nascido na Revolução Industrial.
De acordo com Barthes (1984, p. 21), muitos não a consideram arte, por ser facilmente produzida e reproduzida, mas a sua verdadeira alma está em interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos organizados pelo artista e o receptor os interpreta e os completa com mais símbolos de seu repertório.
Fazer fotografia não é apenas apertar o disparador. Tem de haver sensibilidade, registrando um momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo através da realidade estética.
Em um mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia só vem para acrescentar, pode ser ou não arte, tudo depende do contexto, do momento, dos ícones envolvidos na imagem. Cabe ao observador interpretar a imagem, acrescentar a ela seu repertório e sentimento.
“Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração.”
(Henri Cartier-Bresson)
Photography as art
Man has always tried to retain and secure movements of the world, starting with cave drawings, through painting on canvas and sculpture, and finally reaching the photo. This is a means of mass communication and is very popular today and born in the Industrial Revolution.
According to Barthes (1984, p. 21), many do not consider art to be easily produced and reproduced, but its soul is true to interpret reality, not just copy it. In it there are a number of symbols organized by the artist and the receiver interprets and complete with more symbols of their repertoire.
Making Photography is not just press the trigger. There must be sensitivity, recording a unique, singular. Photographer recreates the external world of reality through a esthetics.
In a world dominated by visual communication, photography is only to add, may or may not art, it all depends on the context of the moment, the icons involved in the image. It is for the observer to interpret the image, add it to your repertoire and feeling.
"To photograph is to put in the same line of sight to the head, eye and heart."
(Henri Cartier-Bresson)