No artigo anterior da série JPG vs RAW falamos sobre o Ruído (noise) nos formatos JPG e RAW. Agora vamos para outro assunto importante, perda de qualidade.
Perda de qualidade entre JPG e RAW
JPEG
Se você escolher uma configuração JPEG que a comprima demais, os detalhes podem se perder de maneira irrecuperável. Esse tipo de dano é chamado de “JPEG artifacting” (artefatos, como já vimos antes) e sempre aparece como um padrão blocos quadrados e grandes espalhados pela imagem. O artefato limita a possibilidade de fazer uma impressão com alta qualidade mesmo que a resolução (alt x comp) não tenha sido alterada.
Outro problema que temos que levar em consideração é que você está perdendo informações quando a imagem é salva e editada novamente e muitas vezes de uma forma onde não se tem volta. Deem uma olhada na imagem abaixo, o JPEG foi salvo aproximadamente 10 vezes em cima da mesma imagem, usando a qualidade máxima do JPEG e mesmo assim a imagem foi danificada.
O padrão do JPEG é sempre compactar o arquivo, independente de como é configurado o nível de qualidade. Existe perda de qualidade até mesmo quando você apenas muda o modo de visualização de vertical para horizontal (vice-versa) e o arquivo é salvo.
RAW
As alterações feitas em imagens no formato RAW são gravadas em metadados, que ficam normalmente dentro um arquivo com o mesmo nome mas com a extensão XMP. Isso ocorre devido o RAW ser o que chamamos de arquivo não destrutivo (não pode ser alterado). E o JPEG é um arquivo destrutivo, pois pode ser alterado, apesar de que o Lightroom também trabalha com processo não destrutivo com JPEG e outros formatos. Neste caso toda a edição da imagem (independente do tipo de arquivo) é gravada em um outro arquivo (XMP) e na hora da visualização ele renderiza a imagem com a edição existente no arquivo. Você apenas vai ter um arquivo final editado quando exportar a imagem.
Exemplo da perda de qualidade quando reeditamos o JPEG algumas vezes
Modelo: Michelle Ramos Dias
Na sétima parte da série, vamos saber um pouco mais sobre poder analisar e perceber as diferenças quando falamos na perda de qualidade.
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