Carlos Relvas nasceu na Golegã em 1838, e foi o nome que mais contribuiu para o desenvolvimento da história da fotografia em Portugal, e um dos principais do mundo, foi inventor, cavaleiro tauromáquico e fotógrafo.
Edificou o primeiro “atelier” de fotografia do mundo, foi distinguindo nos maiores certames de fotografia da época, recebeu quatro diplomas, foi eleito membro efectivo de outras tantas instituições, entre elas, a Sociedade Francesa de fotografia.
Viajou por toda a Europa e estabeleceu contacto com os principais nomes da fotografia Europeia, aproveitando como ninguém, os desenvolvimentos técnicos da época.
Foi retratista, fotografou mendigos, pescadores, escritores, políticos, artistas, etc.; fotografou o Ribatejo; em estúdio, fotografou destacadas figuras femininas da época e, fotografou o nu feminino.
Brito Aranha em 1878 escreveu no “Universo Ilustrado”: “Todos sabem que o senhor Carlos Relvas é o primeiro fotógrafo amador em Portugal e um dos primeiros no estrangeiro, e que a sua galeria e o seu laboratório fotográfico excedem o que possa imaginar-se em luxo de ornamentações, em abundância de espécimenes resplandecentes e em profusão de máquinas e utensílios dos melhores autores”.
Mais recentemente, Michael Gray, conservador do museu de fotografia Fox Talbot, disse ao Jornal Expresso em 1998: “É uma das mais importantes estruturas na Europa ligadas à fotografia. Não há nada de comparável que seja conhecido. Além disso, é um património não só de Portugal mas da Europa, e a Europa também se devia mobilizar para o proteger, bem como para tornar conhecido o trabalho de Relvas. Mas é um trabalho que devia começar por Portugal”.
Apesar de tudo isto, Carlos Relvas e o seu trabalho, continuam praticamente desconhecidos quer em Portugal, quer no Mundo.
O processo fotográfico actual, pouco varia do processo do início do século XX. Por isso se atribui ao século XIX a invenção da fotografia como a conhecemos hoje. No século XX assistiu-se à evolução das técnicas de controlo e ao aparecimento da fotografia a cores, cinema e todos os usos científicos utilizados hoje.
Artigo escrito a 17.04.09, na categoria História da Fotografia, por Diogo Guerreiro
Parabéns pelo excelente trabalho e informação !
ResponderExcluirhttp://pedromalheirosrodrigues.blogspot.pt