quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Quem inventou a fotografia?

Muitos devem se perguntar como surgiu ou quem inventou a fotografia... A história da fotografia pode ser contada a partir das experiências executadas por químicos e alquimistas desde a mais remota antiguidade. Por volta de 350 a.C., aproximadamente na época em que viveu Aristóteles na Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício.

Em 1525 já se conhecia o escurecimento dos sais de prata, no ano de 1604 o físico-químico italiano Ângelo Sala estudou o escurecimento de alguns compostos de prata pela exposição à luz do Sol. Até então, se conhecia o processo de escurecimento e de formação da imagens efêmeras sobre uma película dos referidos sais, porém havia o problema da interrupção do processo. Em 1725, Johann Henrich Schulze, professor de medicina na Universidade de Aldorf, na Alemanha, conseguiu uma projeção e uma imagem com uma duração de tempo maior, porém não conseguiu detectar o porquê do aumento do tempo. Continuando suas experiências, Schulze colocou à exposição da luz do sol um frasco contendo nitrato de prata, examinando-o algum tempo depois, percebeu que a parte da solução atingida pela luz solar tornou-se de coloração violeta escura. Notou também, que o restante da mistura continuava com a cor esbranquiçada original. Sacudindo a garrafa, observou o desaparecimento do violeta. Continuando, colocou papel carbono no frasco e o expôs ao sol, depois de certo tempo, ao remover os carbonos, observou delineados pelos sedimentos escurecidos padrões esbranquiçados, que eram as silhuetas em negativo das tiras opacas do papel. Schulze estava em dúvida se a alteração era devida à luz do sol, ou ao calor. Para confirmar se era pelo calor, refez a mesma experiência dentro de um forno, percebendo que não houve alteração. Concluiu então, que era a presença da luz que provocava a mudança. Continuando suas experiências, acabou por constatar que a luz de seu quarto era suficientemente forte para escurecer as silhuetas no mesmo tom dos sedimentos que as delineavam.O químico suíço Carl Wilhelm Scheele, em 1777, também comprovou o enegrecimento dos sais devida à ação da luz.

Schulze, Scheele, e Wedgewood descobriram o processo onde os átomos de prata possuem a propriedade de possibilitar a formação de compostos e cristais que reagem de forma delicada e controlável à energia das ondas de luz. Porém, o francês Joseph-Nicéphore Niépce o fisionotraço e a litografia. Em 1817, obteve imagens com cloreto de prata sobre papel. Em 1822, conseguiu fixar uma imagem pouco contrastada sobre uma placa metálica, utilizando nas partes claras betume-da-judéia, este fica insolúvel sob a ação da luz, e as sombras na base metálica. A primeira fotografia conseguida no mundo foi tirada no verão de 1826, da janela da casa de Niepce, encontra-se preservada até hoje. Esta descoberta se deu quando o francês pesquisava um método automático para copiar desenho e traço nas pedras de litografia. Ele sabia que alguns tipos de asfalto entre eles o betume da judéia endurecem quando expostos à luz. Para realizar seu experimento, dissolveu em óleo de lavanda o asfalto, cobrindo com esta mistura uma placa de peltre (liga de antimônio, estanho, cobre e chumbo). Colocou em cima da superfície preparada uma ilustração a traço banhada em óleo com a finalidade de ficar translúcida. Expôs ao sol este endureceu o asfalto em todas as áreas transparentes do desenho que permitiram à luz atingir a chapa, porém nas partes protegidas, o revestimento continuou solúvel. Niépce lavou a chapa com óleo de lavanda removendo o betume. Depois imergiu a chapa em ácido, este penetrou nas áreas em que o betume foi removido e as corroeu. Formando desta forma uma imagem que poderia ser usada para reprodução de outras cópias.

Frederick Scott Archer inventou em 1851 a emulsão de colódio úmida. Era uma solução de piroxilina em éter e álcool, adicionava um iodeto solúvel, com certa quantidade de brometo, e cobria uma placa de vidro com o preparado. Na câmara escura, o colódio iodizado, imerso em banho de prata, formava iodeto de prata com excesso de nitrato. Ainda úmida, a placa era exposta à luz na câmara, revelada por imersão em pirogalol com ácido acético e fixada com tiossulfato de sódio. Em 1864, o processo foi aperfeiçoado e passou-se a produzir uma emulsão seca de brometo de prata em colódio. Em 1871, Richard Leach Maddox fabricou as primeiras placas secas com gelatina em lugar de colódio. Em 1874, as emulsões passaram a ser lavadas em água corrente, para eliminar sais residuais e preservar as placas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fotográfo precisará de Diploma para atuar na profissão



Fonte: Márcio Neves
Blog Além do Olhar


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou na quarta-feira (8) o Projeto de Lei 5187/09, do deputado Severiano Alves (PMDB-BA), que regulamenta a profissão de fotógrafo. O texto define a profissão, determina quem estará qualificado para exercê-la e discrimina as atividades que se enquadram no campo de atuação do fotógrafo profissional.

A relatora, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS), foi favorável à proposta. "O exercício da atividade deve ser regulamentado, reconhecido, portanto, pelo Estado, que deve impor condições para o exercício profissional do fotógrafo", disse.


A deputada apresentou emenda ao projeto, para assegurar aos fotógrafos empregados o pagamento de adicional de insalubridade. "A atividade é exercida em contato com elementos insalubres, que podem vir a prejudicar a saúde do trabalhador", argumentou. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.253/43) prevê pagamento de adicional de 40%, 20% ou 10% do salário mínimo da região, conforme classificação do Ministério do Trabalho em graus máximo, médio e mínimo de condições insalubres de trabalho.

Definições: Segundo o projeto, a atividade de fotógrafo profissional é caracterizada pelo registro, processamento e acabamento final de imagens estáticas ou dinâmicas em material fotossensível.

Poderão ser fotógrafos profissionais os diplomados por escolas de nível superior em fotografia no Brasil, desde que devidamente reconhecida; ou no exterior, desde que os diplomas sejam revalidados no Brasil, na forma da legislação vigente.

Os fotógrafos sem diploma que, à data da promulgação da nova lei, estiverem exercendo a profissão por, no mínimo, dois anos consecutivos ou quatro anos intercalados, também poderão ter reconhecida sua condição de fotógrafos profissionais, mediante comprovação de sua atividade.

Atividades: De acordo com o projeto, a atividade profissional de fotógrafo compreende:

- a fotografia realizada por empresa especializada, inclusive em serviços externos; - a fotografia produzida para ensino técnico e científico;
- a fotografia produzida para efeitos industriais, comerciais e de pesquisa;
- a fotografia produzida para publicidade, divulgação e informação ao público;
- a fotografia na medicina;
- o ensino de fotografia;
- a fotografia em outros serviços correlatos.

Tramitação: O projeto, de caráter conclusivo Rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado ou rejeitado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Íntegra da proposta: PL-5187/2009
Fonte: Academia Brasileira de Direito.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Composição, arte e técnica

Regras e Padrões de Equilíbrio e Harmonia
Composição refere-se a colocação ou distribuição dos elementos que conformam a superfície do quadro.uma fotografia, de uma forma perfeita e equilibrada.
Seja qual for o estilo artístico e técnico a que pertence uma obra, a técnica de execução da mesma ou a vertente artística do autor, todas elas têm em comum certos elementos como: linhas, tons, cor, luz, sombras, etc.

É a correta e equilibrada organização desses elementos sejam eles objetos ou espaços vazios, seguindo certos padrões e princípios, o que denominamos composição. Poderíamos dividir a composição em dois tipos básicos: clássica e livre.

Composição Clássica
Consiste em elementos estáticos procurando o seu equilíbrio através das linhas de simetria. (fotos com simetria. Ex: edifícios com linhas simétricas)

Composição Livre
Supõe uma ruptura do equilíbrio estático das obras (Ex: edifícios com linhas simétricas “quebradas” por algum elemento.que desvie o olhar para fora da simetria).

O principal ponto a considerar ao compor uma foto é definir se os elementos que a conformam serão realistas ou não e a seguir, procurar fazer um conjunto harmonioso de tons, texturas e cores, colocando os objetos em diferentes planos de forma a obter o efeito de profundidade e jogar com todos esses elementos seguindo certas regras e padrões a fim de obter um peso visual harmonioso e equilibrado.

Os elementos cásicos dentro de uma composição são:
O ponto, a linha, o contorno e a forma, a textura, o tom, a cor, a luz. (Tiramos esses exemplos da pintura, que antecede em milhares de anos a fotografia).

O equilíbrio na composição
Todos os elementos que conformam uma composição, devem ser colocados de maneira que se relacionem entre eles, e dentro do conjunto criando ritmos, tensões, direções. Para obter o equilíbrio numa composição há vários atributos que devem ser conseguidos com sucesso, O ritmo, o peso, a tensão, a direção, o tamanho ,o ponto de vista e a proporção.

Harmonia na Composição
Harmonia pode ser consequência da correta aplicação que padrões que aplicados a fotografia de forma correta fará dela uma pintura, uma obra de arte. (UM QUADRO)

- Equilíbrio simétrico ou assimétrico, aplicação da regra dos terços, movimento sugerido, ênfases, unidade, repetição, escala e contraste. Tudo isso se aplicado corretamente,dentro das luzes e sombras,com certeza a conseqüência será uma bela fotografia



Os princípios gerais da composição
De uma forma geral podemos dizer que há certos princípios que definem:
- Cada obra(fotografia) é um conjunto de elementos que conformam uma unidade.
- Cada elemento tem um valor.
- O valor de cada elemento depende da sua força de atração.
- Um elemento perto da borda é mais atraente.
- Cada seção da fotografia tem um poder de atração.
- E cada seção tem um peso visual.
- Um elemento num espaço vazio tem mais força quando colocado junto a outros elementos.
- Um elemento preto num espaço branco tem muita mais força.
- O valor do branco ou do preto é proporcional ao tamanho do espaço que faz contraste com ele.
-Um elemento em primeiro plano tem menos peso que o mesmo elemento colocado á distancia. (2º Plano )
- Dois ou mais elementos associados podem ser reconhecidos como um.


Nesta breve introdução ao tema, enumeramos os elementos básicos de uma composição, as regras do equilíbrio e a harmonia e certos princípios gerais,que podem elucidar algumas dúvidas sobre composição, já que este tema é bastante extenso, por isso resolvi condensá-lo, para que não ficasse demasiadamente longo e cansativo.

“ A Luz não é culpada, se nossos olhos se recusam a recebe-la”. (Vercors)

Por: Ranieri Ribeiro

Conheça o trabalho criativo do fotográfo Pierre Beteille

O fotógrafo, diretor de arte, ilustrador, designer gráfico e webdesigner francês Pierre Beteille faz um trabalho inusitado e super curioso com as suas próprias fotos. Suas imagens são criativas – onde a melhor parte fica por conta da interatividade dele que começa com a retirada de uma simples fotografia, seguida da manipulação das imagens, dando movimento e ultrapassando os limites bidimensionais do papel.

Beteille é dono de uma vasta galeria de capas de games, sendo elas: Coletânea completa de “Tony Hawk”, alguns “Fifa” e as capas de alguns dos “Senhor dos Anéis”. Utilizando o Photoshop, e usando-se como modelo de seus trabalhos, ele consegue fazer manipulações digitais incríveis!














Vale a pena conhecer seu trabalho! (http://www.pierrebeteille.com/)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Bastidores do calendário 2011 da Pirelli revela magnetísmo do fotográfo com os modelos. Confira!



O Calendário 2011 da Pirelli é foi fotografado por Karl Lagerfeld que deu vida a “Mythology”, um calendário que reflete uma de suas paixões mais profundas, a das lendas e mitos da mitologia greco-romana, que conta a origem do homem e do mundo através das aventuras de deuses e deusas, heróis e heroínas. Em uma viagem ao passado, através da linguagem universal da fotografia, “Mythology” leva-nos de volta para as raízes da civilização clássica e reaproxima o Calendário Pirelli do Velho Continente onde, há quase 140 anos foram iniciadas as atividades de uma companhia que se tornou uma multinacional que hoje opera em mais de 160 Países.

O Calendário Pirelli 2011, agora em sua 38ª edição, foi apresentado à imprensa, aos convidados e aos colecionadores de todo o mundo em estréia mundial, na cidade de Moscou. A sede do evento foi o Teatro Stanislavsky e Nemirovich-Danchenko, prestigiado palco russo, onde ao longo de mais de 90 anos de história foram apresentadas óperas e balés que se tornaram parte do acervo artístico do País.

Depois da China imortalizada por Patrick Demarchelier na edição de 2008, de Botsuana clicado por Peter Beard em 2009, e do Brasil de Terry Richardson em 2010, ”The Cal” 2011 foi assinado pelo gênio criativo de Karl Lagerfeld, artista e figura polivalente e, principalmente, esteta celebrado no mundo inteiro.

Em seu estúdio parisiense, Karl Lagerfeld deu vida a “Mythology”, um calendário que reflete uma de suas paixões mais profundas, a das lendas e mitos da mitologia greco-romana, que conta a origem do homem e do mundo através das aventuras de deuses e deusas, heróis e heroínas. Em uma viagem ao passado, através da linguagem universal da fotografia, “Mythology” leva-nos de volta para as raízes da civilização clássica e reaproxima o Calendário Pirelli do Velho Continente onde, há quase 140 anos foram iniciadas as atividades de uma companhia que se tornou uma multinacional que hoje opera em mais de 160 Países.

Nas 36 imagens que constituem o Calendário 2011, são retratados 24 temas entre divindades, heróis e mitos. O olho de Lagerfeld propõe-nos fotos ‘esculpidas’ com rigor estético e referências constantes à arte da escultura e a seus cânones clássicos. Todas as fotografias são em preto e branco, opção esta que imprime personalidade às imagens, realça a beleza dos corpos mediante o grande contraste cromático e, através do uso sábio das luzes, proporciona tridimensionalidade às imagens.

“Atrizes e modelos encarnam os novos heróis e representam a nova ideia de beleza”, afirma Karl Lagerfeld, propondo-nos, uma representação ideal e imortal da beleza, através do Calendário Pirelli 2011. Beleza, juventude, culto corporal, desejo sem castigo, simbolizam a nova ideia de beleza e representam a modernidade da mitologia.

São 21 os protagonistas desta edição: quinze Top, cinco modelos masculinos e a atriz americana Julianne Moore. Entre os protagonistas destacam-se: as italianas Bianca Balti e Elisa Sednaoui, a dinamarquesa Freja Beha Erichsen, a brasileira Isabeli Fontana (já clicada no Calendário 2005 por Patrick Demarchelier e em 2009 por Peter Beard), as polonesas Magdalena Frackowiak e Anja Rubik, a australiana Abbey Lee Kershaw (que estreou no calendário 2010 de Terry Richardson), a indiana Lakshmi Menon, as norteamericanas Heidi Mount e Erin Wasson (que estreou no Calendário 2005 de Patrick Demarchelier), a russa Natasha Poly, a holandesa Lara Stone e a canadense Daria Werbowy (já escolhida por Peter Beard para o Calendário 2009), a austríaca Iris Strubegger e a jamaicana Jeneil Williams. As cinco presenças masculinas são os franceses Baptiste Giabiconi e Sebastian Jondeau, os norteamericanos Brad Kroenig e Garrett Neff e o inglês Jake Davis.

Confira algumas imagens: