domingo, 15 de maio de 2011

JPG vs RAW – Parte 7/8 – Analisar e perceber as diferenças

Acabei de explicar as duas principais diferenças entre o JPG e o RAW na quinta e sexta parte da série, eles falavam sobre “Ruído” e “Perda de Qualidade”. Agora vamos analizar e perceber outras diferenças, mas não menos importantes.

Balanço de Brancos (White Balance)

Através do arquivo RAW é possível alterar sem danificar a qualidade da imagem, isso ocorre devido o balanço de brancos ser uma configuração da câmera e esta define que tipo de iluminação (Luz do Dia, Luz Fluorescente, Flash, etc.) está sendo usado e também devido o RAW ser um arquivo não destrutivo. Ao contrario do JPEG que já vem com o balanço de bancos salvo no arquivo e que para alterar é preciso editar o arquivo (novamente danificando a imagem) e também com menos opções e precisão na edição.

Balanço de Brancos JPG vs RAW – Parte 7/8 – Analisar e perceber as diferenças

Balanço de Brancos (White Balance / WB)
Modelo: Michelle Ramos Dias

Multiplos disparos (burst)

O fato de o JPEG ser um arquivo menor é possível fazer disparos sequenciais praticamente sem parar. Por exemplo, em um teste na minha Nikon D90, utilizando um cartão “Sandisk SDHC de 4GB Extreme III” em modo RAW consigo fazer entre 10 a 15 fotos sequenciais, depois disso a câmera tem que esperar a memoria ficar livre para fazer uma nova foto. Em JPEG consigo fazer mais de 200 fotos sequenciais, mas pelo que vi, se deixasse ela encheria o cartão sem parar.

Busrt JPG vs RAW – Parte 7/8 – Analisar e perceber as diferenças

Busrt (Multiplos Disparos)
Modelo: Tainá Froner

Suporte ao RAW em computadores

Como o arquivo RAW precisa de softwares específicos a sua para leitura, tais como “Adobe Camara RAW”, Lightroom e Photoshop. Por isso você nem sempre pode conseguir abri-lo com facilidade em qualquer computador, além que você precisaria edita-lo antes de entregar o arquivo exportado. Isso ocorre pelo fato que cada fabricante tem o seu próprio RAW (Nikon = NEF / Canon = CR2).

O JPEG é um arquivo padrão utilizado em inúmeras situações, principalmente para arquivos que são colocados na WEB ou enviados por computador. Por isso qualquer computador hoje em dia tem suporte a esse arquivo, até os programas mais simples como “MSPaint” já vem suporte ao JPEG.

Armazenamento

Este é um dos motivos que podem levar muitos a escolherem o JPEG como arquivo final, mas no meu ver com o preço dos cartões e de discos rígidos (HD) ficando cada vez mais baixo, podemos comprar inúmeros cartões de 4 ou 8GB e HDs de 1TB (1024GB) ou maiores. Além disso, fotógrafos tem que pensar na qualidade e não na quantidade, quando mais você estuda e treina, menos fotos vai precisar refazer.

Foto por Eduardo Guilhon JPG vs RAW – Parte 7/8 – Analisar e perceber as diferenças

Foto: Eduardo Guilhon / Modelo: Ariella Carioni Engelke

Na oitava e última parte da série, vamos fazer a conclusão e ter um pós e contras de cada formato, de uma forma simplificada para fácil entendimento.


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JPG vs RAW – Parte 6/8 – Diferenças na perda de qualidade

No artigo anterior da série JPG vs RAW falamos sobre o Ruído (noise) nos formatos JPG e RAW. Agora vamos para outro assunto importante, perda de qualidade.

Perda de qualidade entre JPG e RAW

JPEG

Se você escolher uma configuração JPEG que a comprima demais, os detalhes podem se perder de maneira irrecuperável. Esse tipo de dano é chamado de “JPEG artifacting” (artefatos, como já vimos antes) e sempre aparece como um padrão blocos quadrados e grandes espalhados pela imagem. O artefato limita a possibilidade de fazer uma impressão com alta qualidade mesmo que a resolução (alt x comp) não tenha sido alterada.

Outro problema que temos que levar em consideração é que você está perdendo informações quando a imagem é salva e editada novamente e muitas vezes de uma forma onde não se tem volta. Deem uma olhada na imagem abaixo, o JPEG foi salvo aproximadamente 10 vezes em cima da mesma imagem, usando a qualidade máxima do JPEG e mesmo assim a imagem foi danificada.

O padrão do JPEG é sempre compactar o arquivo, independente de como é configurado o nível de qualidade. Existe perda de qualidade até mesmo quando você apenas muda o modo de visualização de vertical para horizontal (vice-versa) e o arquivo é salvo.

RAW

As alterações feitas em imagens no formato RAW são gravadas em metadados, que ficam normalmente dentro um arquivo com o mesmo nome mas com a extensão XMP. Isso ocorre devido o RAW ser o que chamamos de arquivo não destrutivo (não pode ser alterado). E o JPEG é um arquivo destrutivo, pois pode ser alterado, apesar de que o Lightroom também trabalha com processo não destrutivo com JPEG e outros formatos. Neste caso toda a edição da imagem (independente do tipo de arquivo) é gravada em um outro arquivo (XMP) e na hora da visualização ele renderiza a imagem com a edição existente no arquivo. Você apenas vai ter um arquivo final editado quando exportar a imagem.

Exemplo da perda de qualidade quando reeditamos o JPEG algumas vezes JPG vs RAW – Parte 6/8   Diferenças na perda de qualidade

Exemplo da perda de qualidade quando reeditamos o JPEG algumas vezes
Modelo: Michelle Ramos Dias

Na sétima parte da série, vamos saber um pouco mais sobre poder analisar e perceber as diferenças quando falamos na perda de qualidade.

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JPG vs RAW – Parte 5/8 – Diante de ruídos elevados

Abordamos no artigo anterior Cores/tons e Dynamic Range e hoje vamos ver sobre as diferenças entre o comportamento do JPEG e RAW diante de ruídos elevados.

Ruído (NOISE)

O ruído depende de uma série de fatores, como exposição, câmera e ISO, mas também podem ter variações dentro de uma mesma imagem, locais de sombras tendem a ter mais ruído que locais iluminados. Existem dois tipos de ruídos e que normalmente “trabalham” juntos, o Chroma e Luminance. O Chroma é composto por ruídos coloridos e o Luminance pelos pretos e brancos.

No JPEG é possível observar que a imagem tem uma maior quantidade de “chroma noise” , que faz com que a imagem tenha cores onde em locais onde não deveriam, percebemos também a existência de artefatos o que acaba complicando ainda mais a recuperação.

Quando olhamos para a imagem RAW verificamos que o que mais temos é o “Luminance noise” e não encontramos nenhum tipo de artefato, facilitando assim a recuperação.


Foto tirada em ISO 1600 na D200 e sem pós processamento JPG vs RAW – Parte 5/8 – Diante de ruídos elevados

Foto tirada em ISO 1600 na D200 e sem pós-processamento.

Recuperação

Abaixo simulamos uma edição extrema utilizando a função para remoção de ruído do Lightroom, e percebemos que o arquivo RAW consegue preencher melhor os pixels e não apresenta artefatos, apesar aparência plastificada da imagem é devida a remoção de todo o “Luminance Noise” (que pode ser corrido no pós processamento).

No arquivo JPEG é possível notar várias falhas na imagem quando vemos o detalhe do CROP em 100%, essas falhas são chamadas de artefatos e danifica muito a imagem final.


Edição extrema utilizando a função para remoção de ruído do Lightoom1 JPG vs RAW – Parte 5/8 – Diante de ruídos elevados

Quando trabalhado corretamente com o arquivo em RAW, é possível perceber um melhor controle do redutor de ruído, conseguindo manter grande parte dos contrastes e nitidez.

Arquivo RAW usado no exemplo e devidamente pós processado para recuperação do ruído 619x619 JPG vs RAW – Parte 5/8 – Diante de ruídos elevados

Arquivo RAW usado no exemplo e devidamente pós-processado para recuperação do ruído.

As últimas versões dos softwares de imagens melhoraram muito o tratamento para remoção de ruído, o Adobe Photoshop CS5 tem a opção de remoção de artefatos JPEG quando é selecionada a opção para redução do ruído (Noise Reduction). Devido a essas melhorias, temos uma remoção de ruído satisfatória até quando trabalhamos com JPEG. Apesar de que é possível ainda ver que o RAW ainda é superior nesse detalhe.

Na sexta parte da série, vamos poder analisar e perceber as diferenças na perda de qualidade entre o JPG e o RAW.


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JPG vs RAW – Parte 4/8 – Cores/tons e Dynamic Range

Abordamos no artigo anterior o processo de criação da imagem através da câmera, nos dando a liberdade para conhecer um pouco mais sobre outros assuntos.


Cores/Tons

O formato JPEG de 8 bits que podem conter até 256 tons RGB (Vermelho, Verde e Azul) totalizando 16 milhões de cores, já nas as imagens RAW com 12 bits contêm uma maior quantidade de tons, com “apenas” 4.096 tons RGB ou Vermelho, Verde e Azul totalizando o equivalente a 68 BILHÕES de cores. já é bem superior ao JPEG e ainda caso não tenham ficado satisfeitos já aviso que algumas câmeras já trabalham com 14 bits de informação, nos dando aproximadamente 4,3 TRILHÕES de cores possíveis.


Dynamic Range

Esse termo é muito escutado quando estamos falando de JPEG vs RAW, nada mais é que a faixa dinâmica de detalhes referentes luminosidade (partes escuras até partes claras), seria como se um trabalhasse de 1 a 9 (RAW) e o outro de 3 a 7 (JPEG), sendo que o número 1 seria a áreas de sombras e o 9 as áreas de brilho.

Ter uma “Dynamic Range” (Faixa Dinâmica) maior traz a possibilidade de trabalhar melhor com partes subexpostas e superexpostas no pós-processamento ou até mesmo quando você trabalha com uma imagem que tem os dois extremos.


Subexposição

Fiz um teste de extremo de Subexposição com o Arquivo RAW e JPEG criados ao mesmo tempo, sendo assim com a mesma configuração, e ambos os arquivos foram recuperados com a mesma configuração.

SUBEXPOSIÇÃO JPG vs RAW – Parte 4/8 – Cores/tons e Dynamic Range

Arquivos JPEG e RAW Criados juntos pela opção “RAW+JPEG L”
da Nikon D200, sendo assim com a mesma configuração.

Verificando a comparação acima, podemos notar que o arquivo RAW demonstra ter uma maior tolerância com imagens subexpostas, possibilitando o acréscimo aproximado de 2 a 4 pontos de luz (lembramos que quanto menor o ISO utilizado, maior a possibilidade de “recuperação” da imagem).

Já quando olhamos para a o teste com a imagem em JPEG, percebemos que não foi possível uma recuperação ideal da imagem, fazendo com que ela ficasse extremamente danificada a ponto de deixa-la inutilizável.


Superexposição

Assim como na Subexposição o arquivo no formato RAW também mostra uma maior tolerância ao trabalhar com arquivos superexpostos. Na imagem abaixo podemos perceber que o RAW em algumas partes aparenta ser mais escuro.

SUPEREXPOSIÇÃO JPG vs RAW – Parte 4/8 – Cores/tons e Dynamic Range

Arquivos JPEG e RAW Criados juntos pela opção “RAW+JPEG L”
da Nikon D200, sendo assim com a mesma configuração.

Ambas as imagens acima estão com o mesmo pós-processamento, o RAW está mais escuro pelo motivo que deixei ambos com a mesma configuração, mas abaixo podemos ver o arquivo RAW devidamente pós-processado.

Arquivo RAW devidamente pós processado1 JPG vs RAW – Parte 4/8 – Cores/tons e Dynamic Range

Arquivo RAW devidamente pós processado para recuperação da superexposição.

Na quinta parte da série JPG vs RAW que no final se turnará um eBook GRÁTIS, vamos ver sobre as diferenças entre o comportamento do JPEG e RAW diante de ruídos elevados.

Obrigado a todos e caso queiram ver um pouco mais do meu trabalho podem acessar o meu site www.guilhonfotografia.com.br e me seguir no Twitter juntamente com o @fotografiadg.

JPG vs RAW – Parte 3/8 – Como são criadas as imagens

JPG vs RAW – Parte 3/8 – Como são criadas as imagens
Antes de mais, não se esqueça de ler as partes anteriores deste artigo “JPG vs RAW” para um melhor entendimento do assunto. Na segunda parte do artigo falamos sobre o que são os formatos JPEG e RAW.

Criação da imagem:
JPEG: No momento do click a câmera processa os dados da imagem com base nas configurações pré-selecionadas e cria o arquivo na memoria interna com estas configurações e em seguida transfere para o cartão de memória. Já estando no seu cartão o arquivo “final”. Essas configurações como informado anteriormente são baseadas em brilho, contraste, nitidez, Balanço de brancos e redução de ruído.

Em tese se você configurou corretamente a sua câmera esse é um arquivo final a ser utilizado sem uma pós-produção. Pois o mesmo já pode estar com um “bom” contraste, brilho, nitidez, etc.

Como já existe um tratamento e certa perda de informações essas informações perdidas não podem ser recuperadas, e a como o “Dynamic Range” do JPEG é menor que o do RAW você acaba tendo um limite na edição.




Arquivo processado de acordo com as configurações da câmera em JPEG
Modelo: Michelle Ramos Dias

RAW: O mesmo não acontece com o RAW no momento do click, as configurações são salvas em um arquivo com os mesmos ajustes do JPEG (como informado anteriormente) mas este é utilizado apenas pela câmera, para que você possa visualiza-la através do LCD. Mas quando você transfere para o computador essas configurações de brilho, contraste, nitidez, Balanço de brancos e redução de ruído são zeradas e as vezes trocadas por outras do software que você esta usando para migrar/copiar e visualizar as fotos (no meu caso Lightroom). Por isso que quando você transfere é possível visualizar por alguns segundos a foto com as configurações da câmera e logo em seguida sua foto é atualizada pelas configurações do programa utilizado, dando a sensação de que o software danificou a imagem e sumiu com as cores, brilhos, contrastes, etc.

Perceba como a foto abaixo é sem vida, com baixo contraste, brilho, nitidez, balanço de brancos, etc. Nesse caso abaixo a foto está visualmente menos “agradável”, pois suas configurações foram zeradas, ficando sem as configurações automáticas aplicadas pelo Lightroom.



Foto em RAW com todas as configurações zeradas.
Modelo: Michelle Ramos Dias

Na quarta parte da série, vamos saber um pouco sobre as cores/tons e também sobre o Dynamic Range (Faixa Dinâmica) e como ele comporta com esses formatos.

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terça-feira, 26 de abril de 2011

JPG X RAW - PARTE 2/8 O QUE SÃO OS FORMATOS JPEG E RAW

Na primeira parte da série de artigos JPG vs RAW tivemos apenas uma breve entrada (com direito a historinha e tudo) para que vocês possam saber o que vem pela frente. Mas é agora que a brincadeira começa, vamos abordar o que são os formatos JPEG e RAW.



DEFINIÇÃO:

JPEG/JPG - Joint Photographic Experts Group

O QUE É: O formato JPG ou JPEG recebeu esse nome pelo Joint Photographic Experts Group, o nome original do comitê que desenvolveu o padrão. A rigor, JPEG não é um formato e sim uma família de algoritmos de compactação. O formato é o JFIF, para JPEG File Interchange Format e isso é o que significa popularmente ‘um arquivo JPEG’.

JPEG é um método de compressão com perda de dados. Os algoritmos são baseados na matemática “Discrete Cosine Transformation”, para descartar as partes menos significativas da imagem em termos de como ela é percebida pelo olho humano. Como o JPEG é uma compactação com perdas, haverá perda de dados a cada vez que o mesmo arquivo for editado e salvo. Os efeitos mais notáveis serão pequenos artefatos que devem aparecer na imagem.

RAW - Significa Cru

O QUE É: RAW, palavra em inglês que significa “cru” (Pronuncia-se “Ró” ), é o nome dado a imagem “bruta” sem qualquer tipo de compactação, processamento ou perda de qualidade, que fornece uma possibilidade maior de edição final. Hoje já temos algumas câmeras que tem o RAW com um certo tipo de compressão “sem perdas”, a maneira simples de saber se a sua câmera utiliza esse formato com compressão, é verificar se as imagens ficam com tamanhos (mega bytes) diferentes, quando o RAW não tem compactação alguma, todas as fotos ficam com o mesmo número de bytes, ao contrario das câmeras com compactação que geram fotos com tamanhos diferenciados.

Ele também é conhecido como o negativo digital. Cada fabricante tem um tipo de RAW, como pudemos ver na listagem mostrada no inicio deste artigo, com isso podemos dizer que na verdade ele não é um formato e sim um termo usado pelas empresas para dizer que é um arquivo fiel a imagem capturada. Este tipo de arquivo costuma ser aproximadamente de duas a cinco vezes maiores que uma imagem em JPEG.

Na terceira parte da série, vamos saber como são criadas as imagens no momento do click.

Artigo escrito a 31.03.11, na categoria JPG vs RAW, por Eduardo Guilhon

JPG X RAW - PARTE 1/8 HISTORINHA

JPG vs RAW

Historinha

Imaginem a seguinte situação. Compro uma câmera digital e como sou um bom curioso começo a manusear todas suas opções e descubro que existem inúmeras opções para salvar as minhas fotos, tais como:

  • RAW
  • RAW + JPEG Fine
  • JPEG Fine
  • JPEG Normal
  • JPEG Basic

Agora me vejo um pouco perdido e para tentar ver a diferença começo a tirar fotos com cada uma das opções e percebo que ao salvar em JPEG Basic dentro do meu cartão de 2GB é possível tirar 400 fotos e quando seleciono o modo RAW apenas 100 fotos, são 4x menos fotos do que fotografando em JPEG Basic, além disso, ao compara-las através do LCD da câmera, não chego a perceber diferenças visíveis nas fotos. Nesse caso decido transferir as fotos para o computador, quando abro o JPEG ela está lá, linda, bem colorida com um bom contraste. Quando vou ver o RAW eu não consigo visualizar a foto. Procuro na internet e descubro que posso abrir pelo Lightroom, mas quando carrego as fotos ela abre bonita e em seguida “perde as cores, contrastes, brilho etc.” Já comecei a achar complicado são muitos passos para se chegar até onde eu quero, e o JPEG já vem pronto para usar. Não penso duas vezes e começo a fotografar só em JPEG.

Infelizmente esta história que contei acima acontece com certa frequência, eu mesmo já escutei inúmeras vezes (até eu já fiz semelhante), principalmente quando a pessoa desconhece sobre o assunto, mas isso não ocorre apenas com iniciantes na fotografia, mas também com fotógrafos experientes que não se atualizam em assuntos tecnológicos e acabam não sabendo o verdadeiro motivo de escolher entre JPEG e RAW.

Nesta série de artigos pretendo explicar as diferenças entre JPEG e RAW, que atualmente são formatos de imagens utilizados pelas câmeras digitais. Quero tentar passar o máximo de informação de forma simplificada para que você possa escolher qual o melhor formato para o seu estilo, visto que às vezes nem percebemos a diferença e nem sabemos quando usa-los corretamente.

Alguns Formatos existentes:

  • JPG/JPEG
  • RAW
    • Canon (CRW, CR2)
    • Nikon (NEF)

Na continuação da série vou explicar sobre alguns itens

JPEG vs RAW

  • Definições
  • Como é Criada imagem
  • Cores e Tons
  • Dynamic Range (Faixa Dinâmica)
  • Subexposição
  • Superexposição
  • Ruído (Noise)
  • Perdas de Qualidade
  • Balanço de Branco (White Balance/WB)
  • Burst (Disparos sequenciais)
  • Compatibilidade
  • Armazenamento

Não percam a segunda parte do artigo, onde vamos falar sobre “O que são os formatos JPEG e RAW”.

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Artigo escrito a 29.03.11, na categoria JPG vs RAW, por Eduardo Guilhon

QUEM PRECISA DE UM FOTÓGRAFO?

Seria prepotência responder que todos precisam de um fotógrafo profissional, mas a verdade é que até os fotógrafos precisam dos colegas, seja para aprender (pelo erro ou acerto), para desenvolver princípios ou até mesmo para contratação. Em geral as pessoas pensam em fotógrafos para registrar cerimônias tradicionais: aniversários de 15 anos, formaturas, noivados, casamentos, e esquecem a importância desse profissional em diversas outras categorias. Partindo do princípio de um momento extremamente visual, muitas áreas necessitam obrigatoriamente de um trabalho rigoroso.

A fotografia pode ser o fator decisivo durante o processo de aquisição, capaz de evidenciar o que é necessário, com qualidade e conceito. Se ninguém ver: não existe, se for ruim: descaracteriza, denigre, se for bom: agrada, motiva. Há uma vastidão de corporações que não sabem quais são os benefícios de imagens feitas por profissionais. Trabalho bem feito é um investimento, atribui maior destaque, principalmente se estiver vinculado a outras ferramentas comunicacionais.

Em boa parte dos casos o cliente é motivado por concorrentes ou algum prestador de serviços (agências, fornecedores, criadores de sites, etc.), e não exclusivamente por vontade própria. Muitos precisam ilustrar alguma campanha ou até mesmo um catálogo e resolvem cogitar quanto custa uma produção “profissional”. Esse é o ponto, muitas empresas ainda não identificaram a necessidade de se expor profissionalmente, e não compreendem o quanto colaboraria com o fluxo de vendas ou prospecção.

Alguns pontos devem receber atenção especial:

Necessidades

Coletar dados é importante para poder expressar efetivamente a proposta do trabalho. O que deve ser aproveitado, o que ocultar, realçar, transmitir.

Valores e concorrentes

Factualmente quase todo cliente veste a blindagem do “é caro”, afinal, ele deve ter uma câmera digital, então banaliza a atividade e cita que qualquer um pode fazer isso com um valor que não cobriria nem os principais custos. Tenha o preço sempre definido, assim como as vantagens em relação aos concorrentes – qualquer um com uma câmera – e a importância da produção compatível, pós-produção e entrega. E os bancos de imagens gratuitos? São utilizados como quebra-galho, e considerados concorrentes em potencial, mas não passam de uma solução rápida e provisória. Esse tipo de fotografia já está saturado na mente do espectador, não vende produto ou serviço, costuma ser mesmo um apoio ilustrativo com pouca força de expressão. Além disso, grande parte desses acervos disponibilizam imagens para uso não comercial.

Argumentação

É indispensável ter concisão na hora de induzir o cliente a aceitar a sessão de fotos. Alguns pontos que devem ser avaliados e citados:

  • qualidade;
  • destaque em relação ao concorrente;
  • exemplos de empresas bem sucedidas com apelo à imagem;
  • coerência com o desenvolvimento conceitual da empresa/marca/produto;

Prazo e contrato

Não deixe de citar os prazos, e negociá-los previamente, seja na reunião ou até mesmo no orçamento. No contrato deve haver tudo que foi concordado durante os contatos, é a garantia para o cliente e para o prestador de serviço, é uma forma de assegurar a validade de tudo que foi combinado. Nesse ponto a resistência de alguns clientes é substanciosa, por conta da falta de hábito de atribuir a fotografia à formalidade de prazos e termos. Seja rígido para não ter nem causar problemas. Contrato tem que ser obrigatório. Uma forma de encontrar um profissional é por indicação. Para fazer parte da lista deve existir uma conexão com representantes do mercado em interesse. Outro meio é a internet, já parece uma tarefa fácil se jogar nesse mar de informações, mas ao digitar no Googlefotógrafo São Paulo” há aproximadamente 23.400.000 resultados em 0,15 segundos. Refinar a busca também gera inúmeras páginas, mas se destacam os que investem em instrumentos digitais para aprimorar a relevância do que está sendo oferecido. Independente da maneira utilizada lembre-se sempre de expor o portfólio harmonicamente, categorize, facilite a navegação, favoreça as buscas, apresente o estúdio, os métodos e os clientes. O que faz? Foto publicitária? Still de joia? Foto de fachada? Fotojornalismo? Quem faz tudo raramente tem um trabalho satisfatório em todas as áreas, a escolha deve ser determinada e traçada coerentemente na apresentação.

Vale salientar que imagens tem o poder de vincular beleza, vender ideias, ressaltar propósitos, mas também tem estruturalmente a mesma força para destruir tudo isso, então como reprodutor desse serviço, seja responsável, aceite o desafio se estiver apto. Não é a sua área? Indique um profissional experiente e confiável.

A fotografia em conjunto com outros métodos de marketing e promoção é uma eficiente vendedora, cria o elo memorável entre o que está exposto e a ideia principal. Inclusive agora com a internet: compras virtuais, produtos reais, conceitos fundamentais. Nada melhor do que uma imagem fiel para representar adequadamente tudo que está contido em cada item. Como complemento, leia o artigo de Armando Vernaglia Jr., que relaciona 5 razões para investir em fotografias de alta qualidade.

Esta geração pode ser tecnologicamente autossuficiente, mas fotograficamente ainda não é. Qualquer um pode ter uma câmera, e todos esses são capazes de fotografar, mas estudo, técnica, aptidão, experiência, visão, feeling, etc., é um combo de sinônimos que não estão contidos no disparador, e cabe aos profissionais se especializarem cada vez mais, e aos clientes suprirem essa falha que ainda ocorre com frequência e profissionalizar a produção do conteúdo visual o quanto antes.

Artigo escrito a 13.04.11, na categoria Artigos de opinião, por Mariana Simon

QUEM PRECISA DE UM FOTOGRAFO?

Seria prepotência responder que todos precisam de um fotógrafo profissional, mas a verdade é que até os fotógrafos precisam dos colegas, seja para aprender (pelo erro ou acerto), para desenvolver princípios ou até mesmo para contratação. Em geral as pessoas pensam em fotógrafos para registrar cerimônias tradicionais: aniversários de 15 anos, formaturas, noivados, casamentos, e esquecem a importância desse profissional em diversas outras categorias. Partindo do princípio de um momento extremamente visual, muitas áreas necessitam obrigatoriamente de um trabalho rigoroso.

A fotografia pode ser o fator decisivo durante o processo de aquisição, capaz de evidenciar o que é necessário, com qualidade e conceito. Se ninguém ver: não existe, se for ruim: descaracteriza, denigre, se for bom: agrada, motiva. Há uma vastidão de corporações que não sabem quais são os benefícios de imagens feitas por profissionais. Trabalho bem feito é um investimento, atribui maior destaque, principalmente se estiver vinculado a outras ferramentas comunicacionais.

Em boa parte dos casos o cliente é motivado por concorrentes ou algum prestador de serviços (agências, fornecedores, criadores de sites, etc.), e não exclusivamente por vontade própria. Muitos precisam ilustrar alguma campanha ou até mesmo um catálogo e resolvem cogitar quanto custa uma produção “profissional”. Esse é o ponto, muitas empresas ainda não identificaram a necessidade de se expor profissionalmente, e não compreendem o quanto colaboraria com o fluxo de vendas ou prospecção.

Alguns pontos devem receber atenção especial:

Necessidades

Coletar dados é importante para poder expressar efetivamente a proposta do trabalho. O que deve ser aproveitado, o que ocultar, realçar, transmitir.

Valores e concorrentes

Factualmente quase todo cliente veste a blindagem do “é caro”, afinal, ele deve ter uma câmera digital, então banaliza a atividade e cita que qualquer um pode fazer isso com um valor que não cobriria nem os principais custos. Tenha o preço sempre definido, assim como as vantagens em relação aos concorrentes – qualquer um com uma câmera – e a importância da produção compatível, pós-produção e entrega. E os bancos de imagens gratuitos? São utilizados como quebra-galho, e considerados concorrentes em potencial, mas não passam de uma solução rápida e provisória. Esse tipo de fotografia já está saturado na mente do espectador, não vende produto ou serviço, costuma ser mesmo um apoio ilustrativo com pouca força de expressão. Além disso, grande parte desses acervos disponibilizam imagens para uso não comercial.

Argumentação

É indispensável ter concisão na hora de induzir o cliente a aceitar a sessão de fotos. Alguns pontos que devem ser avaliados e citados:

  • qualidade;
  • destaque em relação ao concorrente;
  • exemplos de empresas bem sucedidas com apelo à imagem;
  • coerência com o desenvolvimento conceitual da empresa/marca/produto;

Prazo e contrato

Não deixe de citar os prazos, e negociá-los previamente, seja na reunião ou até mesmo no orçamento. No contrato deve haver tudo que foi concordado durante os contatos, é a garantia para o cliente e para o prestador de serviço, é uma forma de assegurar a validade de tudo que foi combinado. Nesse ponto a resistência de alguns clientes é substanciosa, por conta da falta de hábito de atribuir a fotografia à formalidade de prazos e termos. Seja rígido para não ter nem causar problemas. Contrato tem que ser obrigatório. Uma forma de encontrar um profissional é por indicação. Para fazer parte da lista deve existir uma conexão com representantes do mercado em interesse. Outro meio é a internet, já parece uma tarefa fácil se jogar nesse mar de informações, mas ao digitar no Googlefotógrafo São Paulo” há aproximadamente 23.400.000 resultados em 0,15 segundos. Refinar a busca também gera inúmeras páginas, mas se destacam os que investem em instrumentos digitais para aprimorar a relevância do que está sendo oferecido. Independente da maneira utilizada lembre-se sempre de expor o portfólio harmonicamente, categorize, facilite a navegação, favoreça as buscas, apresente o estúdio, os métodos e os clientes. O que faz? Foto publicitária? Still de joia? Foto de fachada? Fotojornalismo? Quem faz tudo raramente tem um trabalho satisfatório em todas as áreas, a escolha deve ser determinada e traçada coerentemente na apresentação.

Vale salientar que imagens tem o poder de vincular beleza, vender ideias, ressaltar propósitos, mas também tem estruturalmente a mesma força para destruir tudo isso, então como reprodutor desse serviço, seja responsável, aceite o desafio se estiver apto. Não é a sua área? Indique um profissional experiente e confiável.

A fotografia em conjunto com outros métodos de marketing e promoção é uma eficiente vendedora, cria o elo memorável entre o que está exposto e a ideia principal. Inclusive agora com a internet: compras virtuais, produtos reais, conceitos fundamentais. Nada melhor do que uma imagem fiel para representar adequadamente tudo que está contido em cada item. Como complemento, leia o artigo de Armando Vernaglia Jr., que relaciona 5 razões para investir em fotografias de alta qualidade.

Esta geração pode ser tecnologicamente autossuficiente, mas fotograficamente ainda não é. Qualquer um pode ter uma câmera, e todos esses são capazes de fotografar, mas estudo, técnica, aptidão, experiência, visão, feeling, etc., é um combo de sinônimos que não estão contidos no disparador, e cabe aos profissionais se especializarem cada vez mais, e aos clientes suprirem essa falha que ainda ocorre com frequência e profissionalizar a produção do conteúdo visual o quanto antes.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A nova Nikon D5100: Dê asas a sua critividade...

A Nikon introduz uma nova D-SLR à sua gama, a D5100, que inclui funcionalidades que tornam a fotografia e a filmagem em Full HD mais interessantes do que nunca. A D5100 proporcionará uma nova perspectiva criativa graças ao respectivo ecrã multiangular melhorado, modo de efeitos especiais e filmagem Full HD (1080p). Jordi Brinkman, Gestor de produtos da Nikon Europe, afirma: “A D5100 é uma câmara excelente que permite exprimir o seu lado artístico através de imagens e filmes impressionantes. Pode disparar com efeitos criativos e ângulos únicos, tudo ao nível da qualidade de imagem superior observada na D7000!”


Ângulos de visualização únicos

Como sucessora da popular Nikon D5000, a D5100 apresenta um ecrã LCD multiangular melhorado. O ecrã agora abre horizontalmente para maior manobrabilidade, mesmo com a utilização de um tripé. Esta liberdade de movimento acrescenta uma criatividade sem igual com a utilização da Visualização em directo, permitindo o disparo a partir de virtualmente qualquer ângulo. Pode também visualizar fotografias e filmes mais detalhadamente no monitor de ângulo de visualização alargado de alta resolução de 7,5 cm (3 pol.) (aproximadamente 921.000 pontos). A função de Visualização em directo é uma forma simples e intuitiva de tirar fotografias e com o botão dedicado da D5100 é ainda mais fácil de operar. Ao utilizar o modo Automático não tem de se preocupar com a cena que está a fotografar, porque o Selector de cenas automático escolhe as definições mais adequadas para obter a melhor imagem.

Inspire a sua criatividade

A D5100 tem um modo de efeitos especiais recentemente introduzido que permite obter fotografias e filmes em Full HD (1080p) extraordinariamente únicos. O conjunto de sete efeitos inclui cor selectiva, onde pode seleccionar até três cores para a fotografia ou filme enquanto as outras áreas são monocromáticas, e o efeito de miniatura, que faz uma imagem parecer uma vista em escala de miniatura. Pode seleccionar qual o efeito especial a utilizar, directamente acessível através do disco de modos na parte superior da câmara.


Filmagens HD surpreendentes

A Nikon D5100 facilita mudar entre fotografia e filmagem já que o botão D-Movie está localizado junto ao disparo do obturador. Esta posição proporciona um controlo mais estável da câmara no início e no fim da filmagem ou quando muda entre fotografia e filmagem. Pode gravar toda a acção em Full HD (1080p) até 30fps, pode escolher entre a variada e exclusiva gama de efeitos especiais e a AF-F garantirá a focagem constante do motivo. Quando terminar, pode utilizar as funções de edição de filmagem incluídas na câmara e pode efectuar a visualização num televisor HD através de conectividade HDMI. Com a D5100 a Nikon apresenta também um microfone estéreo opcional, o ME-1. Concebido especificamente para D-SLRs, permite gravar filmagens em som estéreo de elevada qualidade sem ruído AF.

Qualidade de imagem superior

A D5100 permite obter uma qualidade de imagem superior, mesmo em condições de iluminação reduzida, com funcionalidades herdadas da D7000. O sensor CMOS em formato DX de 16,2 megapixels proporciona cores ricas e detalhes precisos para fotografias e filmes, enquanto o poderoso motor de processamento de imagem, EXPEED 2, maximiza o desempenho do sensor para proporcionar uma qualidade excepcional. Além disto, a D5100 tem um intervalo de sensibilidade expandido para ajudar ainda mais a capturar imagens brilhantes em condições de iluminação difíceis – a sensibilidade ISO varia de 100 a 6400 e pode ser elevada até 25600 ISO a Hi 2, para imagens de baixo ruído que não perdem os detalhes. Para além disso, há uma grande variedade de objectivas NIKKOR que contribuem para a qualidade de imagem impressionante da D5100. A nova função de HDR (Alta gama dinâmica) e o D-Lighting activo da Nikon preservam os detalhes quando há contrastes extremos na iluminação. A função de HDR tira duas fotografias com variação da exposição com um único disparo, que se combinam para produzir uma única imagem com uma distância dinâmica mais alargada.


Sistema de focagem automática extremamente preciso de 11 pontos

O sistema de AF de 11-pontos proporciona uma cobertura de focagem automática rápida e precisa em todo o enquadramento.Quatro modos de área de AF, incluindo o AF de seguimento 3D que mantêm o motivo principal focado mesmo que o enquadramento mude rapidamente em cenas de acção. Isto pode ser combinado com o disparo contínuo até 4 fps para captar motivos em movimento rápido.