domingo, 23 de agosto de 2009

Chema Madoz



O artista e seu trabalho
José Maria Rodríguez Madoz (Madrid, 1958), também conhecido apenas como Chema Madoz, é um dos mais importantes expositores da fotografia espanhola atual, com projeção internacional.
Graduou-se em Fotografia pelo Centro de Essência da Imagem da
Universidade de Madrid, realizando sua primeira individual em 1985
.
O trabalho do fotógrafo espanhol transmite o conceito de que toda matéria está cheia de sentido, e seu lugar no mundo lhe dá significado. Chema Madoz trabalha com o sentido das coisas como se se tratasse efetivamente da matéria. A tarefa de materializar o sentido é, sem dúvida, um exercício poético. Por isso, pode-se dizer que Madoz utiliza os objetos esua representação gráfica como se fossem palavras de um vocabulário nítido.
“Analisando o perigoso mapa de sinais que emitem as coisas a partir o lugar que ocupam no mundo, Madoz individualiza e desordena, confronta e anipula até conseguir mostrar uma nova ordem, uma face oculta do sentido, uma nova verdade simbólica que ressalta através do impacto a desordem da lógica. As coisas, os objetos, situados em um novo lugar, despidos do ambiente natural onde realizam sua função, estão frente à câmera emitindo outros sinais diferentes. Transformados em signos estão agora literalmente falando. Ou melhor, são imagens que estão literariamente falando. Porque, partindo da estética da semelhança, Madoz desloca o sentido natural dos conceitos para outras compreensões, explorando ao máximo suas capacidades simbólicas: analogias, metáforas, paradoxos ou metonímias visuais que oferecem ao espectador um jogo de percepção poética e lhe exigem uma colaboração ativa.” – sintetiza o diretor da revista cultural espanhola “El Europeo”, Borja Casani.
A obra de Madoz tem, portanto, uma ampla vizinhança literária. Suas composições se aproximam do poema minimalista e da contraposição de imagens poéticas que produzem uma explosão metafórica.
Nitidamente há uma linha que conecta a obra de Madoz com os artistas que se expressam através da ironia dos objetos, como Marcel Mariën ou Marcel Broodthaers de, por exemplo, Casserole et moules fermées, que o mesmo Broodthaers explica de maneira tão próxima à obra de Madoz: “A brusca saída dos mexilhões da caçarola não segue as leis da ebulição, segue as leis do artifício e é resultado da construção de uma forma abstrata”. Também é conhecido seu encontro com Joan Brossa, com quem colaborou em um livro em comum (Fotopoemario) antes da morte deste em 1998, e sua obra foi comparada com os poemas visuais do poeta catalão, com o qual sem dúvida compartilha um fino senso de humor e a capacidade de estabelecer associações entre objetos que produzem evidências, mas Madoz, põe seu objetivo além da mera presença do objeto e seus deslocamentos semióticos, contribuindo com a dimensão finalmente fotográfica de sua obra.
Chema Madoz trabalha na delicada fronteira que existe entre o real e o imaginário.
Há conceitos que Madoz costuma recorrer assiduamente: o tempo com suas medidas e seus medos; os sentimentos, estranhamente de aço na sua obra, como se lê na carta do cinco de corações feitos com anzóis ou n violento par “Tu” e “Eu”, ou as cáusticas alusões ao consumo, onde utiliza ironicamente os estudados e contundentes recursos da fotografia propagandista.
Muitos artistas trabalham como em uma mesa de ping-pong e jogam a ambos os lados sucessivamente. Entretanto, Madoz realiza sempre um equilibrado exercício de contenção. O fotógrafo tenta aparecer o menos possível na sua obra e deixa que as coisas, os objetos, falem por ele. Por isso os coloca em um espaço neutro e à distância.

Embora se diga que Chema Madoz é um fotógrafo surrealista, prefiro pensar nele mais como um artista conceitual. Este espanhol cinquentão pega nas funções dos objectos do dia-a-dia e subverte-as até gerar conflito no conceito do próprio objecto. Não é genial?
Alguns destes conflitos são norteados para o surrealismo e acaba por se fazer aqui um cocktail interessantíssimo.

Aqui o que conta é a criatividade. Espanhol, Chema Madoz possui um trabalho voltado para formas, levando a outro patamar os objetos usados em suas fotografias, geralmente feitas com uma Hasselblad. Recomendo o livro Chema Madoz: Objetos 1990-1999.

As fotografias em preto e branco permitem uma série de leituras do observador podendo adquirir o caráter de poesia, ser apreciadas intelectualmente ou simplesmente ser percebida pela sua estética.

The artist and his work Jose Maria Rodriguez Madoz (Madrid, 1958), also known simply as Chema Madoz, is one of the most important exhibitors of photography on Spanish, with international renown. He graduated in Photography at Essence Center Image of the University of Madrid, making his first solo in 1985. The work of Spanish photographer conveys the concept that all matter is full of meaning and its place in the world gives it meaning. Chema Madoz works with the meaning of things as if they actually matter. The task of materializing the meaning is, without doubt, a poetic exercise. Therefore, one can say that Madoz uses the Esua graphical objects as if they were words of a distinct vocabulary. "Looking at the map of dangerous signals that things from the place in the world, Madoz individually and disorders, and confronts anipula until you show a new order, a hidden side effect, a new symbolic truth that emerges through the impact disorder of logic. Things, objects, located in a new place, stripped of the natural environment where they are performing their function, are facing the camera by other different signals. Transformed into signs are now literally. Or rather, are images that are literarily speaking. For from the aesthetic of resemblance, Madoz displaces the natural meaning of the concepts for others' insights, maximizing their capabilities symbolic: analogies, metaphors, paradoxes or visual metonymy that offer the viewer a set of poetic perception and will require active collaboration. "- sums up the director of the Spanish cultural magazine" El Europeo ", Borja Casani. Madoz's work is therefore a broad literary neighborhood. His compositions are close to the poem and the minimal contrast of poetic images that produce an explosion metaphorical. Clearly there is a line that connects Madoz's work with artists that are expressed through irony of objects, or as Marcel Marien Marcel Broodthaers, for example, moules et Casserole fermées, Broodthaers that it explains so closely to the work of Madoz: "The abrupt departure of mussels from the pot does not follow the laws of boiling, follow the laws of deception is a result of the construction of an abstract way." Also known his encounter with Joan Brossa, with whom he collaborated on a book in common (fotopoemário) before his death in 1998, and his work was compared with the visual poems of Catalan poet, with whom no doubt share a keen sense of humor and ability to establish associations between objects that produce evidence, but Madoz, put your goal beyond the mere presence of the object and its semiotic shifts, contributing to the size finally gallery of his work. Chema Madoz works in the delicate boundary between the real and imaginary. There are concepts that Madoz usually used assiduously: the time with their measures and their fears, feelings, oddly enough steel in his work, to quote the letter of the five of hearts made with no hooks or even violent "You" and "I" or the caustic allusions to consumption, which ironically uses the resources studied and striking photography propagandist. Many artists work in such a ping-pong and play both sides on. However, Madoz always follow a balanced exercise restraint. The photographer tries to appear as little as possible in his work and let things, objects, speak for him. So put them in a neutral space and distance. Although it is said that Chema Madoz is a surrealist photographer, I prefer to think of it more as a conceptual artist. This Spanish cinquentão handle the functions of the objects of everyday life and subverts them to generate conflict in the concept of the object itself. Not great? Some of these conflicts are guided to the surrealism and ends up doing here an interesting cocktail. Here what counts is creativity. Spanish, Chema Madoz has a work-oriented ways, leading to another level objects used in his photographs, often made with a Hasselblad. I recommend the book Chema Madoz: Objetos 1990-1999. The photographs in black and white provide a series of readings of the observer can acquire the character of poetry, be appreciated intellectually or simply be recognized for their aesthetics.













Um comentário: